Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que o Governo faz “votos para que [este acordo] coloque um ponto final na disputa que, desde 1991, data da declaração da independência da Antiga República Jugoslava da Macedónia (FYROM, na sigla inglesa), perturbava as declarações entre este país e a Grécia”.
“O Governo português felicita calorosamente os dois Governos e saúda o empenho e o espírito de compromisso demonstrados pelas partes, louvando em particular a determinação dos primeiros-ministros grego, Alexis Tsipras, e macedónio, Zoran Zaev”, lê-se no texto.
A Grécia e a Macedónia assinaram no domingo, na cidade fronteiriça de Psarades, um histórico acordo que põe fim a 27 anos de conflito bilateral sobre o nome da ex-república jugoslava e que permitirá o fim do veto da Grécia à entrada da Macedónia na União Europeia (UE) e na NATO.
O executivo português sublinhou igualmente que “além de permitir a normalização do relacionamento bilateral entre os dois Estados, [o acordo] contribuirá para o reforço da estabilização da região balcânica e remove um obstáculo essencial no que se refere às perspetivas europeia e transatlântica da FYROM”.
O papel da mediação da ONU foi enaltecido pelo Governo português, “em particular [o] do negociador principal, Matthew Nimetz, cuja dedicação foi recompensada com este compromisso, e que bem sublinha e valoriza a importância da diplomacia e do multilateralismo na busca de soluções negociadas para a paz, para a segurança, para a prosperidade e para a confiança mútua entre os povos”.
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