“As eleições diretas marcadas para 27 e 28 de junho circunscrevem-se à escolha de alguém para completar o atual mandato do secretário-geral cessante, que terminaria em janeiro de 2026”, pode ler-se num comunicado enviado por Miguel Prata Roque à agência Lusa.

Segundo o socialista, a Comissão Nacional do PS não marcou o Congresso Nacional para discussão de moção política global e eleição dos órgãos nacionais nem a eleição de delegados ao Congresso Nacional.

“A única preocupação do Semear Esperança é assegurar que a renovação se faz. Que as coisas mudam. Não havendo, por ora, lugar a um debate profundo, plural e clarificador sobre a estratégia futura a adotar, o movimento Semear Esperança não apresentará candidato às Eleições Diretas de 27 e 28 de junho”, justificou.

No entanto, Miguel Prata Roque antecipa que “a seu tempo” e “no final do atual mandato dos órgãos nacionais do PS”, o seu movimento irá “avaliar a eficácia e o grau de execução dessa agenda de futuro”.

“Há uma nova geração de futuro que precisa de espaço para respirar. O movimento Semear Esperança entende que cabe ao Partido Socialista abrir essas portas e janelas”, começa por dizer no comunicado.

O ex-governante defende que é preciso criar um Laboratório de Inovação Governativa para “debater e elaborar uma Agenda de Futuro, que permita ao PS voltar a ser governo em 2029” e realizar uma Cimeira do Futuro onde se discuta esta agenda durante os anos de 2027-2028.

“Abrir o PS à participação de pessoas independentes e às experiências sociais e empresariais mais inovadoras”, defendeu.

Segundo Prata Roque, o seu movimento partilhou esta agenda com o anunciado candidato a secretário-geral do PS José Luís Carneiro — até agora o único que avançou — que “transmitiu ao movimento Semear Esperança que partilha dessa preocupação em abrir o PS ao exterior e a uma nova forma de fazer política.

“E que se dispõe a acolher essas (ou algumas dessas) propostas, caso venha a ser eleito”, acrescenta.