Gilberto Ferraz, antigo jornalista e funcionário da BBC, invoca a sua condição de “um dos mais antigos membros da comunidade lusa no Reino Unido” para se dirigir a Marcelo Rebelo de Sousa, a quem solicita “empenho e ações urgentes” para solucionar a “situação cada vez mais crítica” do posto.
O português de 83 anos, que vive no Reino Unido há mais de meio século, refere que o recente afluxo de emigração portuguesa para o país aumentou o volume de atendimento, que será agravado com os pedidos de documentação para efeitos de residência devido à saída britânica da União Europeia.
Na petição, apela a “um imediato aumento de estruturas consulares de atendimento, com base em maior número de pessoal” e à extensão do horário de funcionamento ou medidas que permitam o serviço fora do horário normal de trabalho.
A petição lançada há cerca de duas semanas na Internet recolheu por enquanto pouco mais de uma centena de assinaturas, estando o autor agora a trabalhar na divulgação.
“Está um bocadinho lento porque necessita ação: as pessoas falam muito, mas a ação é demorada”, reconheceu, em declarações à agência Lusa.
Esta não é a primeira iniciativa cívica de Gilberto Ferraz: em 2008, dinamizou uma outra petição contra o fim do voto por correspondência dos residentes no estrangeiro, que reuniu 5.533 assinaturas e conseguiu ser debatida na Assembleia da República.
A proposta de alteração à Lei Eleitoral partiu do partido Socialista e chegou a ser aprovada pelos deputados, mas foi vetada e acabou por ser abandonada pelo partido então no poder.
Recentemente, uma outra petição relacionada com o recenseamento eleitoral dos emigrantes com origem também em Londres, pelo Movimento Também Somos Portugueses, também chegou ao Parlamento e obteve cedências do governo em algumas das pretensões.
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