O número total de estudantes que abandonaram cursos superiores corresponde a 8,6% dos 65.510 matriculados no primeiro ano e pela primeira vez no ano letivo de 2014-2015, tendo em conta a situação em que se encontravam um ano após a matrícula.
Os números abrangem licenciaturas e mestrados integrados em universidades e institutos superiores politécnicos públicos e privados.
Os dados estão disponíveis no portal Infocursos, na página http://infocursos.mec.pt/, o portal com informação estatística detalhada sobre os cursos superiores em Portugal, em universidades e institutos politécnicos, que tem por objetivos ajudar os estudantes portugueses a escolherem o curso que querem frequentar de forma mais informada.
Os dados relativos aos alunos matriculados em 2014-2015 apontam para uma taxa de abandono mais elevada entre os alunos de licenciatura em instituições de ensino privadas, que se situa nos 13%, com um total de 1.458 alunos a desistirem dos cursos.
Nas licenciaturas das instituições públicas, a taxa de abandono é de 8,7% (3.885 alunos).
Já os mestrados integrados têm uma percentagem de abandono reduzida no ensino superior público (2,5%), mas no que diz respeito às instituições privadas, a taxa de abandono nos mestrados é mais próxima daquela que é registada ao nível das licenciaturas, com um valor de 8%.
Na sua grande maioria, no entanto, os estudantes mantiveram-se a estudar e no mesmo curso em que se matricularam.
As mudanças de curso e até de estabelecimento registam taxas que variam entre os cerca de 3% e os 8%.
De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), tendo por base a informação colocada no Portal Infocursos, o abandono no ensino superior tem vindo a cair nos últimos três anos considerados na análise.
No caso das licenciaturas do ensino superior público, por exemplo, a taxa de abandono em 2015-2016 era de 8,7%, que compara com uma taxa de 9,8% em 2014-2015 e uma taxa de 10,3% em 2013-2014.
Também a taxa de desemprego entre os recém-diplomados tem vindo a descer, segundo os dados da tutela.
Em 2016 havia uma percentagem de 7,2% de recém-diplomados pelo ensino superior público – entre os anos letivos de 2011-2012 e 2014-2105 – inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) como desempregados.
Em dezembro de 2015, a taxa de diplomados pelo ensino superior público nos quatro anos letivos anteriores e inscritos no IEFP era de 8,1%. Em dezembro de 2014, para o período homólogo, a taxa era de 8,6%.
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