A iniciativa, denominada “Empresas com Refugiados”, visa promover a integração dos refugiados no mercado de trabalho brasileiro e orienta as empresas no processo de contratação destas pessoas.
Refugiados e requerentes de asilo podem obter um Cartão de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e trabalhar regularmente no Brasil, segundo o sistema legal brasileiro, mas, às vezes, encontram dificuldade em ingressar no mercado laboral.
No primeiro semestre de 2018, existiam cerca de 80.000 pedidos de reconhecimento de estatuto de refugiado no Brasil, a maioria de venezuelanos que entraram pela fronteira norte no Estado de Roraima, em busca de melhores condições de vida e para fugir da crise social, política e económica do país.
“Os refugiados são forçados a deixar tudo para trás, mas não vêm de mãos vazias. Muitos têm formação profissional e experiências académicas e de trabalho que, se aproveitadas, podem contribuir muito para o país anfitrião”, considerou José Egas, representante da ACNUR no Brasil, citada num comunicado divulgado pelo Pacto Global para a Migração, iniciativa da ONU.
Segundo informações divulgadas pela polícia federal brasileira em março, há pelo menos cerca de 94 mil venezuelanos que pediram refúgio no Brasil e mais quase 65 mil que solicitaram residência temporária no país.
O Comité de Refugiados Nacional, organismo público vinculado ao Ministério da Justiça brasileiro, informou que até o final de 2018 o país reconheceu 10.522 refugiados de 105 países, incluindo Síria, República Democrática do Congo, Colômbia, Palestina, Paquistão, Venezuela e Angola.
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