
“Está a ser implantado no aeroporto de Lisboa um plano para tratamento das bagagens articulado com as várias entidades. Os passageiros vão começar a ser contactados pelas companhias aéreas com informação sobre a entrega da sua bagagem”, adiantou a gestora aeroportuária, em comunicado.
A ANA deu conta de uma elevada afluência nos balcões das companhias aéreas, para reagendamento de voos cancelados na segunda-feira, devido ao corte de eletricidade total que afetou a Península Ibérica e parte do território francês, e de serviços de assistência em terra (‘handling’), para entrega de bagagens.
Centenas de passageiros aguardavam esta manhã a entrega das respetivas bagagens no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que na segunda-feira não foram imediatamente desembarcadas no momento das chegadas devido ao apagão, constatou a Lusa no local.
Um passageiro que chegou na segunda-feira da África do Sul disse à Lusa que tenta desde o momento de desembarque receber as malas e uma bicicleta dobrável.
"As bagagens não estão perdidas mas é a segunda vez que faço esta fila desde ontem [segunda-feira]. Por motivos ligados com a falha de eletricidade, as bagagens não foram diretamente para o tapete das malas. Ficaram no avião e disseram-nos que as poderíamos levantar depois", lamentou à Lusa o passageiro sul-africano Martin Roberts.
Um outro passageiro que chegou dos Estados Unidos, a meio da manhã de hoje, e que espera viajar hoje à noite num voo com destino a Luanda, Angola, contou que tem de recuperar as bagagens para poder embarcar.
"A minha mala e até a mochila de mão foram para o porão e agora tenho de tentar tudo para levantar aqui. Venho de Newark (Estados Unidos)", disse Justino de Melo.
O passageiro angolano tem centenas de pessoas à frente que também aguardam a devolução das malas que não foram transportadas, como habitualmente, para o tapete das bagagens após a aterragem do avião em que seguiam.
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