O “pedido regional formal” será feito em Windhoek, capital da Namíbia, através de uma declaração do atual presidente da SADC e Presidente do país, Hage Geingob, com vista a obter novos apoios para os mais de três milhões de afetados pelo ciclone e cheias que se seguiram.
A iniciativa, que se baseia “inteiramente nas solicitações de assistência feitas pelos três países afetados”, tem início marcado para as 12:00 locais (11:00 em Lisboa).
Num comunicado divulgado no dia 8 de abril, a SADC referiu que os três países afetados pelo Idai “necessitam de assistência humanitária imediata, incluindo alimentos, abrigo, roupas e alimentos, água, saneamento e assistência médica, considerando a ocorrência de cólera e outras infeções por diarreia, malária e doenças relacionadas com a água”.
“O apoio também ajudará em ações de recuperação nos distritos afetados, ajudando a população a reconstruir as suas vidas, meios de subsistência e economias”, lê-se no comunicado.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.
Em Moçambique, o ciclone fez 602 mortos e 1.641 feridos e afetou mais de 1,5 milhões de pessoas, segundo o mais recente balanço.
O Ministério da Saúde de Moçambique anunciou na terça-feira a sétima morte causada pelo surto de cólera que irrompeu a seguir à passagem do ciclone Idai pelo centro do país.
A sétima vítima mortal foi registada no distrito de Nhamatanda, um dos distritos mais afetados pelo surto, onde se contam 535 casos de cólera.
No total, foram registados três casos mortais no distrito da Beira, dois em Nhamatanda e dois em Dondo.
A quase totalidade dos 4.072 doentes têm tido alta após tratamento (98%), permanecendo 76 casos por resolver, segundo a atualização divulgada na terça-feira pelo ministério moçambicano.
Na quarta-feira, as autoridades do Zimbabué anunciaram que a passagem do Idai causou 344 mortos no país, revendo em alta estimativas anteriores, que indicavam entre 180 a 250 vítimas mortais. Estão ainda pelo menos 257 pessoas dadas como desaparecidas no leste do país.
Na Maláui, as inundações provocadas pela passagem do ciclone provocaram 59 mortos e quase 900 feridos.
Além dos três países afetados pelo Idai, a SADC integra ainda Angola, Botsuana, Comores, República Democrática do Congo, Essuatíni, Lesoto, Madagáscar, Maurícias, Namíbia, Seicheles, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
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