A escolha do Presidente da República para os próximos cinco anos será feita pelos 400 deputados que forem eleitos hoje.
Estas são as sétimas eleições democráticas desde o fim do regime segregacionista do ‘apartheid’, em 1994, ano em que Nelson Mandela foi eleito Presidente após a vitória do seu Congresso Nacional Africano (ANC), por 62,5%.
Em declínio desde 2014, o ANC arrisca-se, pela primeira vez, a perder a maioria absoluta, de acordo com várias sondagens eleitorais, obrigando a entendimentos com outros partidos para a formação do Governo e a eleição do Presidente.
O declínio do ANC é atribuído a “más políticas” do Governo, sobretudo depois de 2008, quando Thabo Mbeki, que sucedeu a Mandela, deixou a Presidência da República, dando lugar ao seu vice-Presidente Jacob Zuma, afastado, em 2018, pelo próprio partido devido a inúmeros casos de alegada corrupção.
Cyril Ramaphosa, que lhe sucedeu, espera conseguir a reeleição pelo novo parlamento.
Com uma população de 62 milhões de pessoas, 27,79 milhões estão recenseados para a votação de hoje, sendo que 1,6 milhões que se candidataram ao voto especial devido a doença, idade ou deficiência, começaram a votar na segunda-feira, sendo que 78.000 sul-africanos residentes no estrangeiro estão igualmente registados.
Fonte da Comissão Eleitoral disse à Lusa que estão acreditadas mais de 170 missões de observação, 18 delas de instituições internacionais e as restantes nacionais.
Masego Sheburi afirmou que, apesar de a votação ser conhecida após o encerramento das mesas de votação, onde será feita a contagem dos votos, os resultados finais só deverão ser anunciados no domingo, dia 02 de junho.
Um total de 52 partidos políticos disputam as eleições a nível nacional, para o parlamento, segundo a Comissão Eleitoral sul-africana. Alguns destes partidos políticos registaram-se igualmente para disputar as eleições a nível provincial nas nove províncias da África do Sul.
MLL (CYH) //
Lusa/Fim
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