De acordo com o aviso publicado em outubro, no Diário da República (DR), e hoje consultado pela agência Lusa, o ministro da Administração Interna aplicou ao agente a "pena disciplinar de demissão" na sequência de um processo instaurado em maio de 2017.
"Foi instaurado um processo disciplinar por furto em supermercado e foi decidida a sua demissão, tendo em conta que se trata de um crime incompatível com a condição policial", explicou à Lusa o segundo comandante da PSP de Viana do Castelo, Raul Curva.
O porta-voz do Comando de Viana do Castelo adiantou que aquele processo disciplinar resultou de "uma queixa apresentada pela superfície comercial" onde o agente foi apanhado a "furtar", tendo a "investigação policial então desencadeada recorrido ao sistema de videovigilância do supermercado para confirmar a identificação do agente".
"O processo em causa diz respeito a uma situação concreta, o que não quer dizer que não tivessem ocorrido outras", afirmou, quando questionado sobre a existência de outros casos praticados pelo mesmo agente.
Raul Curva adiantou que o agente em causa "já tinha sido alvo de mais processos disciplinares, de outro âmbito".
Questionado se o agente escondia os produtos furtados no supermercado, designadamente queijos e vinho, em forros falsos criados num casaco seu, o segundo comandante da PSP de Viana do Castelo escusou-se a confirmar por “ser informação que consta do processo de averiguações realizadas pela polícia”.
Segundo a publicação em DR, a demissão foi decidida em julho de 2018, sendo que, "nessa altura, o agente em causa encontrava-se em Lisboa onde foi colocado, administrativamente".
Raul Curva adiantou que "nas últimas duas décadas não há registo de nenhuma demissão no Comando de Viana do Castelo".
Com 142 anos, assinalados em julho passado, o comando distrital da PSP, que integra as esquadras de Viana do Castelo e Ponte de Lima, dispõe de 186 agentes, incluindo os que trabalham na parte administrativa.
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