
A Croácia, o mais recente Estado-membro da União, “tem muito trabalho e uma missão importante que deveremos efetuar da melhor forma possível no interesse de todos os membros da UE, a começar pela organização da relação entre a União e o Reino Unido”, afirmou Grlic Radman.
O Reino Unido deve deixar a UE em 31 de janeiro, mas beneficiará de um período transitório até ao final de 2020 na expectativa de um acordo negociado sobre as modalidades das futuras relações comerciais entre o país e a União.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, questionou recentemente a capacidade de a UE e o Reino Unido alcançarem um acordo pós-Brexit até ao final de 2020.
A situação dos países dos Balcãs ocidentais que pretendem juntar-se ao bloco comunitário vai constituir outro desafio para a presidência croata, “porque existiram abordagens diferentes relacionadas com o alargamento da UE”, referiu Grlic Radman em declarações à cadeia televisiva N1.
O ministro emitiu estas declarações em Viena, a capital austríaca, onde assinalou o início da presidência croata da UE numa cerimónia que decorreu na embaixada local.
Apesar das expectativas dos países candidatos à adesão, “apoiaremos o que for realista e possível”, preveniu o chefe da diplomacia croata. “O processo de entrada na UE não se faz num dia. Trabalhámos duro para respeitar todos os critérios e as normas”, acrescentou.
Na zona ocidental dos Balcãs, apenas a Sérvia e o Montenegro iniciaram o processo de negociações para a adesão, enquanto a Albânia e a Macedónia do Norte aguardam o início das conversações, bloqueadas pela França e outros países no Conselho europeu de outubro. O Kosovo e a Bósnia-Herzegovina permanecem no final da lista, com perspetivas ainda muito reduzidas.
A Eslovénia (2004) e a Croácia (2013) são os únicos países provenientes da implosão da ex-Jugoslávia que foram admitidos no bloco comunitário.
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