“Estou sempre muito confiante, nada mudou a minha confiança e não depende de mim, não há nada a fazer a não ser esperar pela decisão” da Autoridade da Concorrência, disse o dono da Altice aos jornalistas, à margem de uma cerimónia na Universidade Católica Portuguesa.
A Altice apresentou oito compromissos à Autoridade da Concorrência, que está a fazer uma investigação aprofundada sobre o negócio, para que o regulador aprove a compra da Media Capital, segundo avançou o Expresso na segunda-feira.
“Vamos esperar pela decisão”, disse ainda Patrick Drahi.
A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.
Quanto à multa de 125 milhões de euros interposta pela Comissão Europeia no Tribunal Geral da União Europeia, o dono da Altice reafirmou que vai recorrer a tribunal para contestar a decisão.
"Faremos tudo o que for possível para não pagar", sublinhou Patrick Drahi, acrescentando que discorda “completamente” da decisão de Bruxelas, questionado as contas que foram feitas.
Em 24 de abril deste ano, a Comissão Europeia decidiu aplicar uma multa de 125 milhões de euros à Altice por esta ter concretizado a compra da operadora PT Portugal antes da notificação ou autorização de Bruxelas, violando as regras comunitárias.
No mesmo dia, a Altice emitiu um comunicado onde anunciava que iria “interpor um recurso contra a decisão da Comissão no Tribunal Geral da União Europeia para que a decisão, como um todo seja anulada, ou, pelo menos, seja significativamente reduzida”.
Questionado ainda sobre a venda das torres de comunicações, Drahi disse que o negócio ainda não está fechado, existindo interessados "de todos os sítios do mundo".
O grupo Altice vai vender 13.000 torres de comunicações em França e em Portugal, das quais 3.000 no mercado português, durante a primeira metade deste ano.
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