Os ministros da Defesa e do Ambiente anunciaram hoje os planos para combater as chamas na Amazónia, que já levaram a protestos internacionais e manifestações no Brasil, devido à forma como o Presidente, Jair Bolsonaro, lidou com a crise ambiental.
Na sexta-feira o Presidente autorizou os militares a envolverem-se no combate aos incêndios e disse que estava empenhado em proteger a região amazónica.
No entanto Bolsonaro já tinha dito que as proteções da floresta tropical eram um obstáculo ao desenvolvimento económico do Brasil, ao mesmo tempo que criticava os que dizem que a Amazónia absorve grandes quantidades de gases com efeito de estufa e que é crucial para os esforços de conter as alterações climáticas.
Segundo dados oficiais, hoje mesmo deflagraram no Brasil centenas de incêndios.
Os últimos números divulgados dão conta de que desde janeiro já se registaram 78.383 incêndios, um número que não era tão alto desde 2013. Segundo os especialistas nas causas estão o desmatamento, agravado pela estação seca. Mais de metade destes incêndios aconteceram na Amazónia e só entre quinta e sexta-feira deflagraram mais 1.663, disse o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil.
O dirigente do Instituto foi demitido no início do mês depois de publicar dados sobre a desflorestação, segundo os quais ela foi em julho quase quatro vezes maior do que no mesmo mês do ano passado.
Com gritos de “Salvem a Amazónia”, manifestações juntaram muitos milhares de pessoas em S. Paulo e no Rio de Janeiro, na sexta-feira, e outras aconteceram em frente de embaixadas e consulados do Brasil em várias partes do mundo.
O Presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, instou hoje os autarcas do continente a plantarem árvores, para lidar com a destruição que os incêndios na Amazónia estão a provocar, bem como os da região russa da Sibéria.
“Face aos desastres na Amazónia e na Sibéria são necessárias ações concretas. Convido todos os autarcas da Europa a plantarem pelo menos uma árvore”, disse na rede social Twitter.
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