A quantidade de indivíduos cresceu para 373 em 2023, um aumento de 4% em comparação ao mínimo registado em 2020, que era de 358 animais, de acordo com o Aquário da Nova Inglaterra e a Agência Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

Este aumento, no entanto, não deve ser interpretado como um ponto de inflexão, afirmam os ambientalistas. As ameaças mais graves para estes gigantes marinhos persistem, como colisões com embarcações e redes de pesca onde ficam presos, o que pode causar lesões ou impedir que se movimentem para procurar alimento.

Além disso, as mudanças climáticas estão a alterar a distribuição do plâncton, a sua principal fonte de alimento.

"Embora fiquemos satisfeitos ao ver que a estimativa da população não diminuiu, continuamos profundamente preocupados", afirmou Kathleen Collins, do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW).

Esta espécie, que mede cerca de 20 metros de comprimento em média, chegou a ter até 20.000 indivíduos antes da pesca comercial dizimar a sua população.

A proibição da pesca em 1935 levou a uma recuperação e um pico de 483 exemplares foi registado em 2010, quando começou um novo período de declínio.

A NOAA propôs em 2022 aumentar as restrições à velocidade dos barcos em determinadas áreas, mas a regulação, à qual se opõem as indústrias de navegação e pesca, ainda está em estudo.

Equipamentos de pesca também foram desenvolvidos para evitar que as baleias fiquem presas nas redes, mas o uso dessas tecnologias ainda é muito pontual.