Perante milhares de peregrinos que participaram nas cerimónias do 13 de outubro, no Santuário de Fátima, o até agora bispo auxiliar de Lisboa alertou que “a esta hora, há crianças, mulheres, homens e idosos a fugir da morte e da violência. Não está tudo bem”.
Exortando os peregrinos de Fátima a repetirem em voz alta a palavra “paz”, Américo Aguiar pediu: “que a paz saia das nossas bocas, das nossas palavras, dos nossos corações”.
Depois, aludiu ao drama dos refugiados, lembrando a recente deslocação do Papa Francisco a Marselha, em setembro, para os Encontros Mediterrânicos.
“O nosso querido Papa Francisco esteve em Marselha a lembrar o cemitério em que o Mediterrâneo consiste, porque há homens e mulheres que sonham construir as suas vidas, as suas famílias, nesta Europa que para eles é um sonho novo”, afirmou Américo Aguiar, apelando a que se converta “o cemitério do Mediterrâneo numa autoestrada de amor”.
Na ocasião, o até agora bispo auxiliar de Lisboa defendeu, ainda, que o amor é “a password” para “abrir as portas do Céu” e reforçou o pedido à oração.
“Rezemos pela paz, rezemos pelo Papa Francisco, por todos os que estão no sínodo e, não querendo abusar da vossa generosidade, peço-vos que rezem por mim e pela diocese de Setúbal que o sucessor de Pedro me confiou”, acrescentou.
A peregrinação que hoje termina no Santuário de Fátima é a última aniversária do ano à Cova da Iria e assinala os 106 anos da última aparição da Virgem aos pastorinhos, em 1917.
Nas cerimónias — concelebradas por 265 padres, seis bispos e três cardeais – participaram mais de uma centena de grupos organizados de peregrinos de mais de três dezenas de países. O Santuário de Fátima estimou em cerca de 120 mil o número de peregrinos presentes.
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