“Não há democracia sem liberdade de expressão, sem liberdade de imprensa. Direitos consagrados na nossa Constituição e que o executivo angolano, primeiro do que quaisquer outras instituições do Estado angolano, tem a obrigação de respeitar e cumprir”, afirmou o chefe de Estado, durante a cerimónia de tomada de posse dos novos conselhos de administração dos órgãos de comunicação social públicos.
João Lourenço exonerou a 09 de novembro as administrações de todas as empresas públicas de comunicação social, tendo nomeado novos administradores para os cargos designados pelo anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, casos da Televisão Pública de Angola (TPA), Rádio Nacional de Angola (RNA), Edições Novembro (proprietária do Jornal de Angola) e Agência Angola Press (Angop).
Aos novos administradores, empossados no palácio presidencial, em Luanda, João Lourenço disse que “devem procurar encontrar uma linha editorial que sirva de facto o interesse público, que dê voz, que dê espaço, aos cidadãos dos mais diferentes extratos sociais”, mas também que “dê espaço às organizações da chamada sociedade civil”.
Defendeu que, enquanto elementos da administração destes órgãos, têm a “responsabilidade” de “encontrar o ponto de equilíbrio, no sentido de satisfazerem o interesse público”.
No caso da TPA, o chefe de Estado apontou a necessidade de mexidas no canal internacional, para que não esteja apenas centrado nas comunidades angolanas no exterior, “mas que esteja virado para o mundo de uma forma geral”.
“Um canal internacional que reflita de facto a realidade de Angola, que venda a imagem Angola, que mostre as suas belezas, que mostre sobretudo as suas grandes potencialidades, para que desta forma possamos atrair não apenas turistas, mas sobretudo potenciais investidores”, concluiu.
Na TPA, o chefe de Estado exonerou Hélder Manuel Bárber Dias dos Santos, do cargo de presidente do conselho de administração, bem como Gonçalves Ihanjica e outros cinco administradores executivos e dois não executivos.
O conselho de administração da televisão pública passa a ser presidido por José Fernando Gonçalves Guerreiro, enquanto Francisco José Mendes assume o cargo de administrador executivo para Conteúdos, Bidima Manteya Jorge para Administração e Finanças, Manuel Florindo Rosa dos Ramos para a área Técnica, e Ana Maria Gouveia para o Marketing e Intercâmbio.
Na RNA foi exonerado o presidente do conselho de administração, Henrique Manuel João dos Santos, bem como os restantes seis administradores executivos e dois não executivos.
Por nomeação do Presidente angolano, o conselho de administração da rádio pública passa a ser presidido por Marcos António Quintino Lopes, enquanto Paula Simons fica como administradora executiva para os Conteúdos, Fidel Adão da Silva para Administração e Finanças, Cândido Rocha Pinto para a área Técnica, e Círia Monteiro Cassoma no Marketing e Intercâmbio.
Da empresa Edições Novembro, que publica o Jornal de Angola, foi exonerado José Ribeiro do cargo de presidente do conselho de administração, sendo este também diretor daquele diário estatal.
Foram igualmente exonerados por João Lourenço os restantes seis administradores executivos e dois não executivos e nomeado Victor Emanuel Nelson da Silva para presidente do conselho de administração.
Caetano Pedro da Conceição Júnior passa a ser administrador executivo para os Conteúdos da Edições Novembro, José Alberto Domingos para Administração e Finanças, Carlos Alberto Molares D´Abril para a área Técnica, Mateus Francisco dos Santos Júnior para o Marketing, Publicidade e Vendas.
Na agência angolana de notícias Angop, Daniel Miguel Jeorge foi exonerado do cargo de presidente do conselho de administração, tendo João Lourenço nomeado para o seu lugar Jossué Salusuva Isaías, que já era administrador.
José Chimuco mantém-se como administrador executivo, agora para os Conteúdos, tendo sido ainda nomeada Engrácia Bernardo para a Administração e Finanças, Manuel Luzito André para a Área Técnica, e Lourenço Mutepa para Marketing e Intercâmbio.
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