O primeiro-ministro falou dos objetivos da primeira fase e disse que o objetivo de vacinar todos os funcionários e residentes em lares, bem como de todo o pessoal de saúde considerado prioritário para enfrentar a pandemia “está cumprido” e, por isso, agora é possível alargar a vacinação aos quadros das forças policiais.

Para o primeiro-ministro, a vacinação dos quadros da GNR e PSP “é fundamental para assegurar o bom funcionamento do Estado e assegurar que são protegidos os que são indispensáveis” à proteção dos restantes cidadãos.

António Costa referiu ainda que, na semana passada, Portugal “passou o meio milhão de vacinas” já administradas e que o objetivo é  “até ao princípio de abril vacinar um milhão e 400 mil portugueses entre aqueles que estão nos grupos de riscos prioritários e os que prestam serviços nos serviços essenciais”.

Relembrando que o "processo é longo", o primeiro-ministro reiterou que, "mais do que a vacina", é o "comportamento de cada um de que trava a expansão da pandemia" e, por isso, “é indispensável não descurar os cuidados que sabemos que temos de ter”.

António Costa reafirmou o objetivo de “chegar ao final do verão com 70% da população portuguesa devidamente vacinada”.

“Até ao final do verão temos um longo percurso, ainda estamos do inverno, ainda não chegámos sequer à primavera”, alertou, apelando a todos que prossigam até lá com as medidas de proteção individual.

António Costa irá ainda visitar a USF do Areeiro, onde será feita a vacinação dos bombeiros.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, também esteve presente e agradeceu a todos os que estiveram envolvidos na preparação da operação, desde o Ministério da Saúde e ‘task force’, às forças de segurança e Cruz Vermelha.

Eduardo Cabrita salientou também o papel de “primeira linha” das forças de segurança desde o início da pandemia, em março do ano passado, quer no cumprimento das regras do estado de emergência, quer no acompanhamento de portugueses infetados ou isolados, quer na desinfeção de “centenas de lares e hospitais”.

“As forças de segurança têm tido em toda esta maratona uma presença que todos os portugueses conhecem e respeitam”, disse, salientando que também muitos elementos da GNR e PSP já estiveram ou infetados ou isolados devido à covid-19.

Antes das declarações, que decorreram ao ar livre, o primeiro-ministro, acompanhado do ministro da Administração Interna e do secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, acompanharam ao vivo o processo de administração de algumas vacinas em efetivos da GNR e PSP no Quartel de Conde de Lippe, onde se concentrará o processo de vacinação das forças de segurança na zona de Lisboa para aliviar os serviços de saúde.

Na sexta-feira, o Ministério da Administração Interna (MAI informou que vinte mil agentes de forças policiais vão ser vacinados nas próximas três semanas, incluindo 10 mil agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e de 10 mil militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), numa ordem definida pela GNR e PSP com base em critérios operacionais.

Para este processo de vacinação, “e de forma a aliviar a pressão sobre os serviços de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, foi montado um centro de vacinação conjunto para os guardas e polícias desta área”.

O centro de vacinação vai funcionar no quartel da GNR na Ajuda, em Lisboa, com seis elementos do centro clínico da GNR e três elementos da Cruz Vermelha Portuguesa. Nas outras regiões do país a vacinação dos agentes das forças de segurança vai decorrer nos centros de saúde.

*Com Lusa

[Notícia atualizada às 12:06]