A retirada dos telemóveis das escolas, de acordo com estudos realizados nos três países, citados num relatório da UNESCO, melhora os resultados da aprendizagem, especialmente para os alunos com fraco aproveitamento escolar.
Também foi demonstrado que é benéfico para combater o ‘bullying’ (violência sistemática sob diversas formas), melhorar a concentração e a autoestima face aos efeitos nocivos das redes sociais, especialmente entre as raparigas.
Os resultados foram apresentados hoje pela UNESCO no Dia Internacional da Educação e que indicam que no final de 2023 as restrições tinham sido aplicadas em 60 sistemas educativos, enquanto no início de janeiro de 2025 o número subiu para 79 países.
Os dados constam de uma atualização especial do Relatório de Monitorização Global da Educação (GEM), produzido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para monitorizar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Como exemplo foi referido que em França foi sugerido o alargamento da chamada “pausa digital” a mais turmas, ou na China, cidades como Zhengzhou pedem agora aos pais um consentimento escrito para a utilização do telemóvel, mesmo para fins pedagógicos.
Menos comuns foram os casos em que as medidas foram flexibilizadas, como na Arábia Saudita, que reverteu as suas proibições após a oposição de grupos de defesa de pessoas com deficiência, de modo a que os telemóveis pudessem ser utilizados para fins médicos.
Em alguns países, os níveis de restrição são heterogéneos de acordo com as especificidades regionais, como em Espanha, onde apenas três das 17 regiões (País Basco, La Rioja e Navarra) já introduziram proibições.
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