Segundo o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, estes projetos integram o Programa Nacional de Regadios, que é financiado através de fundos comunitários, do PDR, e com recurso ao Banco Europeu de Investimento (BEI) e ao Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB).
“No que diz respeito à parte do PDR, neste momento, todos os projetos estão decididos”, declarou Luís Capoulas Santos, que discursava em Viana do Alentejo, no distrito de Évora
A estes projetos de regadio, que são 58, para beneficiarem “uma área na ordem dos 43.600 hectares”, corresponde “um financiamento de 278 milhões de euros”, acrescentou.
A intervenção do ministro decorreu na sessão de lançamento do concurso para a construção do Bloco de Rega de Viana do Alentejo, integrado no Programa Nacional de Regadios e no âmbito do alargamento do empreendimento do Alqueva.
Na cerimónia, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Agricultura precisou ainda que, dos 58 projetos de regadios aprovados, “quatro já estão concluídos, 19 estão em fase de projeto, um está em fase de avaliação de impacto ambiental, dois aguardam visto do Tribunal de Contas e outros 32 estão já em obra”.
Quanto ao financiamento do Programa Nacional de Regadios através do BEI e do CEB, na ordem de “cerca de 280 milhões de euros”, o Bloco de Rega de Viana do Alentejo foi “o quarto lançamento de um conjunto ainda indeterminado de projetos” previsto “lançar a muito curto prazo”, disse.
Capoulas Santos referiu que o Programa Nacional de Regadios, que vai beneficiar 100 mil hectares distribuídos pelo país, envolve um investimento global de 560 milhões de euros, dos quais “222 milhões” destinados à área do Alqueva.
No Programa Nacional de Investimentos 2030 agora apresentado pelo Governo, destacou ainda o ministro, está “contemplada a segunda parte deste programa de regadios com uma dotação prevista de mais 750 milhões de euros”.
O concurso do Bloco de Rega de Viana do Alentejo, hoje publicado em Diário da República, envolve um investimento de seis milhões de euros, devendo a empreitada estar concluída em 2021, segundo o Ministério da Agricultura.
Este novo bloco de rega vai beneficiar uma área de cerca de 4.600 hectares, sobretudo de grande propriedade, explicou o presidente da empresa gestora do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, referindo que a obra poderá vir a ser consignada “em agosto” próximo.
O presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha Pinto, congratulou-se, em declarações à agência Lusa, pelo avanço deste “investimento estruturante, que irá beneficiar os agricultores, mas também, transversalmente, toda a economia local”.
O concelho, em termos agrícolas, é marcado atualmente pela “agricultura e pecuária extensivas”, porque não existia água, referiu.
Por isso, quando o bloco de rega começar a funcionar, “os agricultores ficam mais tranquilos” e vai ser possível plantar novas culturas.
“Algumas até já estão implementadas”, ainda que “com alguma escassez de água, mas depois esses investimentos ficam mais asseguradas”, frisou.
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