O congresso, que decorrerá na Arena de Évora, arranca às 11:00 com a apresentação da declaração de princípios, estatutos e programa do partido, além do regulamento eleitoral e da moção de estratégia global.

O primeiro subscritor da moção “Por um país às direitas” é o fundador e líder do partido, Pedro Santana Lopes.

No documento lê-se que o partido quer afirmar-se e tornar-se “num grande partido político português e que dure várias gerações”.

Quanto a desafios eleitorais, o Aliança “apresentará listas próprias aos três atos eleitorais” deste ano, e quer mostrar-se aos portugueses “como a alternativa política”.

Além das três eleições que se disputam este ano – europeias, regionais na Madeira e legislativas – o partido tem os olhos postos também num futuro mais longínquo.

“Após o congresso, o empenho da Aliança nas eleições que se sucedem em 2019 não nos impedirá de começar a preparar também as eleições legislativas regionais dos Açores, em 2020, assim como as eleições autárquicas de 2021”, elenca o proponente, acrescentando que “em tempo devido” o partido “fará o balanço necessário e tomará uma decisão sobre as eleições presidenciais” de 2021.

Para as legislativas de outubro, Pedro Santana Lopes indica que o Aliança vai “apresentar-se aos portugueses com a profunda convicção de que a política deve ser feita por causas, por princípios e por valores”.

Assim, o partido mostra-se disponível “para integrar um governo de centro/direita”.

O desafio de uma coligação pós-eleitoral já foi, inclusivamente, lançado pelo antigo primeiro-ministro no início do ano.

Apontando que “deve ser especialmente exigente com o chefe do Estado”, o partido salienta também que “acompanhará a ação do senhor Presidente da República com os diversos órgãos de soberania, e a relação de cada um deles com o povo português”.

Na moção, o partido acrescenta que “em devido tempo” fará “o balanço necessário e tomará uma decisão sobre as eleições presidenciais”.

Hoje, serão também divulgados no congresso os símbolos, o hino, a marcha e “outras músicas” do Aliança.

Durante a tarde, será discutida a moção estratégica global e, à noite, prevê-se a sua votação.

Neste congresso fundador, o Aliança irá escolher os seus órgãos, decorrendo as votações no domingo durante a manhã.

Está, então, prevista a eleição da Mesa do Congresso, da Direção Política Nacional (um equivalente à Comissão Política de outros partidos) e do Senado Nacional, um órgão “com alguma proximidade” ao Conselho Nacional (órgão máximo dos partidos entre congressos).

De Évora deverá sair ainda o Gabinete de Auditoria e a Comissão Jurisdicional, adiantou à Lusa fonte oficial do partido.

Estão previstas duas intervenções por parte de Santana Lopes - hoje a seguir ao almoço, e no domingo, no encerramento do congresso.

Além do líder, para hoje à tarde estão previstas também intervenções do cabeça-de-lista às eleições europeias, Paulo Sande, do embaixador António Martins da Cruz, e de um representante da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal).