"Temos muita experiência a pôr fim à censura abusiva. Estou feliz por ajudar a proteger os direitos de publicação do ‘site’ do referendo catalão", afirmou Assange na sua conta da rede social Twitter.

Na quarta-feira, a Guarda Civil fechou o ‘site’ oficial do referendo por ordem judicial, mas poucas horas depois o presidente da Generalitat [Governo Regional], Carles Puigdemont, anunciou nas redes sociais dois novos domínios de acesso à página.

Nas últimas semanas, Assange tem colocado ‘tweets’ a favor do referendo na Catalunha, que definiu como o evento político "mais importante" do ano no Ocidente.

"Votar é simplesmente expressar uma opinião: a Espanha está a tentar amordaçar 7,5 milhões de pessoas pela força. Por que estão tão assustados com a sua opinião”, perguntou noutro ‘tweet’ colocado hoje.

A vice-presidente do Governo espanhol considerou hoje “ridículo” que o presidente do executivo da Catalunha publique novas páginas de Internet sobre o referendo independentista depois de a Justiça ter encerrado a primeira delas.

Para Sáenz de Santamaría, as novas páginas (“sites”) serão “pão de um dia” (provérbio espanhol que transmite ideia de brevidade) e avisa que, se o governo regional e os separatistas quiserem mostrar que “são mais espertos porque contornam a lei, a lei será reposta com toda a força do estado de direito, com toda a tranquilidade, com toda a paz, mas também com toda a firmeza”.

Numa entrevista hoje ao canal de televisão espanhol Telecinco, esta responsável governamental explicou ser espectável que o Governo regional (Generalitat) abra outra ou outras páginas web a favor do referendo, mas avisou que as forças policiais têm uma grande experiência na luta contra o cibercrime.

O presidente do executivo catalão, Carles Puigdemont, difundiu na quarta-feira ao fim do dia, através da sua conta na rede social Twitter, novos “links” da página do referendo, para contrariar o encerramento no domingo passado pela Guardia Civil da página inicial.

Madrid está a tentar, pela via judicial, impedir a realização do referendo separatista convocado pelas instituições catalãs e considerado ilegal por Madrid.

Os independentistas defendem que cabe apenas aos catalães a decisão sobre a permanência da região em Espanha, enquanto Madrid se apoia na Constituição do país para insistir que a decisão sobre uma eventual divisão do país tem de ser tomada pela totalidade dos espanhóis.

Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.

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