Estes números foram divulgados pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, numa mensagem vídeo publicada hoje na sua conta oficial na rede social Twitter.

Segundo o presidente do parlamento, durante a consulta pública, que decorreu durante o mês de novembro, foram recebidas “53 sugestões, umas delas ideias, outras já projetos concretos, envolvendo as personalidades a homenagear, as formas artísticas a privilegiar, os locais onde realizar tais iniciativas”.

“Queria agradecer a todos, a cada uma e a cada um dos participantes nesta consulta pública, porque as ideias que apresentaram enriquecerão o programa das nossas comemorações”, disse.

Santos Silva sublinhou que as sugestões recebidas irão “informar o programa que a Assembleia da República seguirá para comemorar o cinquentenário do 25 de abril”, em conjunto com ideias próprias do parlamento, que irão agora ser trabalhadas pela Comissão Organizadora das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e da Constituição, na qual “estão representados todos os partidos políticos com assento parlamentar”.

Segundo fonte parlamentar, na segunda reunião desta comissão, que teve lugar na quarta-feira e foi presidida por Santos Silva, marcaram presença todos os grupos parlamentares e deputados únicos, assim como os secretários-gerais do parlamento e o coordenador do grupo de trabalho para os Assuntos Culturais, o deputado socialista Pedro Delgado Alves.

Em 01 de novembro, Santos Silva lançou a consulta pública em questão, que se destinava a recolher ideias dos cidadãos sobre iniciativas a desenvolver durante as comemorações dos 50 anos do 25 de abril.

O programa de comemorações da Assembleia da República estará centrado na questão da institucionalização da democracia pluralista em Portugal: as primeiras eleições (no dia 25 de abril de 1975) e todas as seguintes, parlamentares, presidenciais, nas regiões autónomas e autarquias locais.

De acordo com a mensagem publicada pelo presidente do parlamento na altura, ao longo das comemorações, será dada especial atenção às questões relacionadas com o futuro coletivo e, neste âmbito, aos aspetos da participação cívica e eleitoral.

“O grande tema será a liberdade, porque é disso que se trata quando se fala do 25 de Abril e da nossa democracia: a liberdade de nós todos e a participação de nós todos na escolha dos nossos representantes e na tomada das grandes decisões que nos definem como povo”, salientou o presidente da Assembleia da República.

O programa de comemorações, de acordo com Augusto Santos Silva, “será dirigido a todos os portugueses, mas terá uma especial atenção aos mais novos, os jovens”.

“Para esse programa, precisamos de todas as ideias, das nossas próprias ideias – a comissão organizadora, a que eu próprio presido e onde todos os partidos têm assento – mas também das suas ideias. Certamente já pensou sobre a melhor maneira de comemorarmos hoje os 50 anos do 25 de Abril”, assinala o presidente do parlamento.