Em declarações aos repórteres na Casa Branca, a assessora da Presidência, que foi anteriormente diretora de campanha de Trump nas presidenciais de 2016, indicou que o Presidente dos EUA não conversou nem viu Epstein nos últimos 10 ou 15 anos.

Kellyanne Conway acrescentou que Trump considerou as acusações de tráfico sexual contra Jeffrey Epstein "completamente inconcebíveis e obviamente criminosas" qualificando-as de "repugnantes".

Em 2002, Donald Trump disse à revista New York que conhecia o empresário há 15 anos e que Epstein era um "homem fantástico" e "muito divertido de se estar".

Jeffrey Epstein confraternizou com algumas das pessoas mais poderosas do mundo, incluindo o antigo Presidente Bill Clinton que foi um passageiro frequente do seu jato particular.

Registos de voo obtidos pela Fox News mostraram que o ex-presidente fez pelo menos 26 viagens a bordo do Boeing 727 de Epstein, apelidado de "Lolita Express", de 2001 a 2003.

No mesmo ano, 2002, em que há registos de elogios de Trump a Epstein, também Clinton terá enaltecido o milionário. "Jeffrey é um financeiro altamente bem-sucedido e um filantropo comprometido com um sentido apurado de mercados globais e um profundo conhecimento da ciência do século XXI", afirmou Clinton à revista New York, apesar de porta-voz da mesma reportagem em 2002.

O porta-voz de Clinton, Angel Urena, veio em defesa do antigo Presidente, afirmando que ele "não tem conhecimento sobre os terríveis crimes de que Jeffrey Epstein se declarou culpado na Florida, há alguns anos, ou aqueles de que foi recentemente acusado em Nova Iorque".

Angel Urena explicou que, em 2002 e 2003, Clinton realizou quatro viagens no avião de Epstein com várias paragens e que a equipa e os seus Serviços Secretos detalharam a viagem em cada etapa.

Bill Clinton "não fala com Epstein há mais de uma década e nunca esteve na Little St. James Island, na quinta de Epstein no Novo México, ou na sua residência na Florida", garantiu o porta-voz.

O milionário norte-americano Jeffrey Epstein vai continuar preso, pelo menos até quinta-feira, quando haverá audiência para decidir sobre se lhe é aplicada uma fiança, na sequência da acusação de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões.

Jeffrey Epstein foi presente a tribunal esta segunda-feira, declarando-se inocente das acusações federais de tráfico sexual.

Os procuradores dizem que há um risco de fuga significativo, uma vez que o milionário tem três passaportes ativos nos Estados Unidos da América e viaja com frequência dentro e fora do país no seu jato particular, pelo que pediram que fique detido até o julgamento.

Na segunda-feira, o milionário norte-americano Jeffrey Epstein foi acusado pela Procuradoria federal do distrito sul de Nova Iorque, de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões, rede essa que funcionou entre 2002 e 2005.

Segundo o documento de acusação da Procuradoria, Jeffrey Epstein, detido na noite de sábado no aeroporto próximo de Teterboro (Nova Jérsia), foi acusado de tráfico sexual e de conspiração para cometer esse crime.

O empresário, de 66 anos, já tinha sido acusado de abusar de dezenas de menores há mais de uma década, contudo evitou ser alvo de acusações federais através de um controverso acordo extrajudicial em que admitiu ter solicitado serviços de prostituição, um acordo que foi objeto de escrutínio recentemente.