"Apesar de deixar a minha função atual, não me retiro. Depois de mais de 50 anos de serviço governamental, tenciono prosseguir a próxima fase da minha carreira, enquanto ainda tiver tanta energia e paixão pela minha área", disse o médico de imunologia de 81 anos, em comunicado.
Fauci tornou-se desde o surgimento da covid-19 o rosto mais popular da emergência de saúde nos Estados Unidos, com inúmeras intervenções em programas de rádio e televisão para responder a perguntas e tentar combater a desinformação sobre a pandemia.
O perito deixará em dezembro a direção do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas (NIAID), o lugar de chefe do Laboratório de Imunoregulação do NIAID e o seu cargo de conselheiro médico chefe do atual Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden.
Nos seus 38 anos à frente do NIAID, recordou que assessorou sete Presidentes, a começar pelo republicano Ronald Reagan (1981-1989) e, entre outros, o também republicano Donald Trump (2017-2021), com quem manteve notórias divergências sobre a estratégia de combate à pandemia.
No seu trabalho enfrentou problemas que vão desde o VIH/SIDA a várias epidemias de gripe aviária.
"Graças ao poder da ciência e dos investimentos na investigação e inovação, o mundo tem sido capaz de combater doenças mortais e ajudar a salvar vidas em todo o planeta. Orgulho-me de ter feito parte deste importante trabalho e estou ansioso por ajudar a continuar a fazê-lo no futuro", referiu na nota.
Numa entrevista a 18 de julho no Politico, Fauci já tinha avançado que planeava deixar o cargo antes que o mandato de Biden terminasse em 2024.
Fauci recebeu, em 2008, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta distinção civil dos Estados Unidos, e o Presidente elogiou o seu compromisso "inabalável" com o trabalho, a sua "integridade científica" e a sua energia "incomparável".
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