A ação, com duração prevista de meia hora, envolve organizações não governamentais internacionais e decorre à mesma hora em vários países europeus.

Em declarações à Lusa, Francisco Ferreira disse que o objetivo da ação é pressionar o Conselho de Administração do Banco Central Europeu (BCE) a aplicar taxas de juro reduzidas para a renovação das habitações em prol da eficiência energética.

“Em toda a Europa nós temos problemas extremamente sérios com a renovação de casas e edifícios e esse é um problema do ponto de vista do cumprimento dos objetivos climáticos de como é que nós precisamos de proteger as famílias europeias de condições meteorológicas extremas quer de calor quer de frio e também do ponto de vista social de proteger essas mesmas famílias dos aumentos do preço da energia”, disse.

Francisco Ferreira lembrou que os edifícios na Europa representam 40% do consumo final de energia e em Portugal 30%.

“E quando falamos à escala europeia das emissões de dióxido de carbono que contribuem para as alterações climáticas, estamos a falar de 36% de responsabilidade do edificado”, salientou.

Para o presidente da Zero, não está a ser dada prioridade às renovações dos edifícios, que são demasiado lentas.

“Precisamos dar a oportunidade às famílias de poderem promover a renovação do parque edificado através de empréstimos que tenham um juro reduzido e lhes permita fazer esse investimento. Por isso, em vários países da Europa está neste momento a decorrer uma concentração de ativistas de 20 organizações não governamentais que junto dos bancos centrais e apelando ao BCE para definirem este objetivo como uma prioridade absoluta”, disse.

Por isso, a Zero está hoje junto ao Banco de Portugal para pedir a esta entidade que promova medidas “fortes e eficazes” de apoio aos objetivos climáticos.

“Simbolicamente temos vários edifícios, casas, que construímos e que colocámos frente ao Banco de Portugal (…). Fazemos alerta ao Banco de Portugal e ao governo também para a necessidade de recuperação, reabilitação e renovação dos edifícios por razões acima de tudo energéticas, para que as pessoas tenham conforto”, concluiu.