"Não tenho dúvida alguma sobre a aprovação deste Orçamento. Isto que nós estamos a assistir parece uma peça encenada, não sabemos se estão de acordo ou se combinaram estar em desacordo, mas a verdade é que é próprio da negociação para um Orçamento do Estado, ainda mais quando envolve três partidos", afirmou Assunção Cristas.
Numa entrevista na SIC, a líder centrista insistiu que tem "a forte convicção de que vai haver Orçamento": "Já vimos este filme no passado. Há ruído, há barulho, há uma tentativa de as esquerdas marcarem posições, mas no final todos aceitam, todos subscrevem e todos são responsáveis em relação ao Orçamento que vier a ser aprovado".
Sobre a relação com o PSD, Cristas afirmou que "o diálogo existe em relação a muitas matérias" e apontou para a apresentação recente de uma proposta conjunta sobre cadastro.
"Os nossos partidos são aliados naturais, amigos, mas cada um tem o seu caminho. Para podermos ter um futuro noivado e casamento bem-sucedido é bom que agora cada um faça o seu trabalho e possa crescer por si", afirmou, respondendo à pergunta se o casamento entre os dois partidos que integraram o anterior governo e concorreram juntos às legislativas tinha terminado.
Assunção Cristas disse ainda que falou com o PSD sobre a candidatura a Lisboa, assim como com Paulo Portas, afirmando que o seu gosto por um projeto autárquico era antigo, sugerindo que era anterior a ter sido eleita presidente dos centristas.
A líder do CDS vê uma "grande complementaridade de esforços" no trabalho do partido na Assembleia da República e para a Câmara de Lisboa e reiterou que a sua candidatura foi também uma forma de mobilizar o partido para umas eleições que "são difíceis para o CDS".
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