Falando durante uma visita à Agroglobal, uma mostra do setor agrícola nacional que decorre até sexta-feira numa área com cerca de 200 hectares junto ao rio Tejo, em Valada, no concelho do Cartaxo (distrito de Santarém), Assunção Cristas afirmou que os 116 deputados que permitirão formar governo “ou estão à esquerda, ou estão à direita”.

“Queremos 116 deputados no centro-direita em Portugal. Se isso acontecer, certamente não será preciso nenhum acordo escrito para o centro direita governar em Portugal", disse, quando questionada sobre a afirmação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que não considera “essencial haver acordo escrito” numa futura “geringonça”.

Cristas afirmou que está “a dar tudo” para ser “a primeira escolha” no universo político do centro-direita, desejando que “todos possam dar o seu melhor, porque só somando” é possível ultrapassar os 116 deputados.

“Eu falo pelo CDS. Damos tudo o que podemos e vamos continuar a trabalhar intensamente”, declarou.

“Temos que ser fortes na crítica, fortes na construção da alternativa e o trabalho diário do CDS mostra que estamos no bom caminho”, afirmou, escusando-se a comentar as últimas sondagens que dão uma subida nas intenções de voto no CDS-PP, mas insuficiente para, com o PSD, derrotar o PS.

“Quando entramos para o CDS há quase um kit de entrada que é uma vacina contra sondagens. Isso quer dizer que não desanimamos quando as sondagens não são boas, também não embandeiramos em arco quando elas parece que melhoram um bocadinho. Para mim, o que é importante é a sondagem de todos os dias na rua. Ando de norte a sul do país, falo com muitas pessoas, de muitos setores, e o que vejo é um forte encorajamento e incentivo ao CDS para continuar a crescer”, declarou.

Cristas afirmou que a alternativa ao Governo das “esquerdas encostadas” passa “certamente por um bloco de centro-direita, no qual o CDS quer ter cada vez mais peso e cada vez mais força”.