O condutor do veículo que atropelou mortalmente duas pessoas em Münster suicidou-se, afirmou um porta-voz da polícia, precisando que fez também 20 feridos. Destes, seis correm risco de vida, segundo um porta-voz da polícia germânica, citado pela agência France-Presse.

Segundo vários jornais alemães, e também a agência noticiosa DPA, um carro irrompeu pela multidão no centro da cidade do estado da Renânia.

"Não há nenhum indício por enquanto de uma conexão islâmica", informou Herbert Reul, ministro do Interior da Renânia do Norte-Westfália, a região onde fica Münster.

Reul acrescentou que o condutor do veículo era "um cidadão alemão e não, como se afirmou, um refugiado".

As autoridades alemãs consideram, então, que o atropelamento na cidade de Münster não foi um ato terrorista e que o condutor da carrinha, que depois se suicidou, tinha problemas psiquiátricos.

Estas informações foram avançadas pelo diário alemão Süddeutsche Zeitung, que indicou também que o apartamento do suspeito, um cidadão alemão de 49 anos, está a ser alvo de buscas de possíveis explosivos.

Segundo a estação de televisão pública alemã ZDF, o suspeito tinha cometido "há pouco tempo" uma tentativa de suicídio.

Em simultâneo, a polícia anunciou que está a verificar relatos de testemunhas segundo os quais havia mais ocupantes na carrinha que terão conseguido fugir do local logo depois de o veículo chocar contra uma multidão que se encontrava em frente de um bar popular de Münster.

A agência noticiosa alemã DPA indicou que as testemunhas mencionaram a existência de mais duas pessoas dentro da carrinha, além do condutor.

O porta-voz da polícia, Andreas Bode, referiu também que foi encontrado dentro do veículo um objeto suspeito que estão agora a analisar e que foi por essa razão que criaram um perímetro tão alargado em torno do local do incidente, no centro histórico da cidade, e estão a instar as pessoas a ficarem em casa e evitarem passar nas proximidades.

Este incidente evoca a memória do ataque de dezembro de 2016, em que num ataque com estas características morreram 12 pessoas.

O tunisino Anis Amri roubou uma carrinha a 19 de dezembro de 2016, matou o condutor do mesma e depois usou a viatura para avançar sobre uma multidão num mercado, matando 11 pessoas e ferindo dezenas de outras.

[Notícia corrigida às 23:59 — revê em baixa o número de mortos, passando de 4 para 3, incluindo o condutor]