“Esperamos uma participação massiva dos trabalhadores vindos de todos os distritos e setores de atividade, tanto da administração pública como do setor privado”, disse a dirigente da CGTP Ana Pires, em declarações à Lusa.
Segundo a dirigente sindical, “o nível de indignação registado nos locais de trabalho é muito significativo, os trabalhadores estão a passar dificuldades extremas por via dos seus baixos salários” perante o aumento dos preços e dos custos com a habitação e “há famílias que têm de fazer opções diárias entre pagar as suas contas ou pôr comida na mesa”.
Na manifestação, cujo início está previsto para as 15:00, em Lisboa, estarão trabalhadores da administração pública dos setores das autarquias, educação, saúde e serviços públicos e também do setor privado, desde a indústria ao comércio, à hotelaria e alimentação, entre outros.
A CGTP tem transportes organizados para a deslocação de trabalhadores dos vários distritos a Lisboa, vindo, por exemplo, três comboios do Porto para a capital, referiu a sindicalista, acrescentando que “também há muitos trabalhadores que vêm pelos seus próprios meios, trazendo a família”.
O início da manifestação, que tem como lema “Todos a Lisboa! Aumento Geral dos Salários e Pensões – Emergência Nacional”, está marcado para as 15:00, arrancando de dois pontos diferentes da cidade.
A manifestação será organizada por setores e terá duas pré-concentrações, uma da Administração Pública, que parte das Amoreiras, e outra dos trabalhadores do setor privado e do setor empresarial do Estado, que arranca à mesma hora do Saldanha.
Os trabalhadores seguem depois rumo ao Marquês de Pombal, descendo a Avenida da Liberdade em direção aos Restauradores, onde estão previstas as intervenções da Interjovem e da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
A PSP alertou na sexta-feira para constrangimentos no trânsito rodoviário, hoje, em diversas artérias do centro de Lisboa, entre as zonas da Baixa, Amoreiras e Saldanha, aconselhando o uso de transportes públicos.
A manifestação da CGTP foi convocada em 17 de fevereiro. A intersindical exige o aumento dos salários e pensões “no imediato” de pelo menos 10% ou de 100 euros no mínimo para todos os trabalhadores, bem como a fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação extraordinária “sobre os lucros colossais das grandes empresas”.
A manifestação nacional da CGTP acontece um dia depois de uma greve nacional da administração pública, convocada pela Frente Comum de Sindicatos, estrutura da CGTP.
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