Numa altura em que faltavam apurar quatro freguesias, o CDS-PP tinha 1,49% dos votos (cerca de 74 mil) nas listas onde concorreu sozinho para câmaras municipais.
Há quatro anos, em 2017, os centristas alcançaram 2,59% em listas próprias a municípios, com cerca de 134 mil votos.
Nas eleições autárquicas, o CDS conseguiu também manter as seis câmaras que lidera - Velas (Açores), Santana (Madeira), Ponte de Lima (Viana do Castelo), Vale de Cambra, Oliveira do Hospital e Abergaria-a-Velha (Aveiro).
Segundo os dados disponibilizado pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna com 99,87% da contagem completa, dos municípios que lidera, o CDS alcançou a votação mais alta em Velas, nos Açores (aumentando de 53,62% para 66,34% dos votos).
Naquele concelho, conseguiu aumentar os vereadores eleitos de três para quatro, o que também aconteceu em Oliveira do Bairro, mas perdeu um em Ponte de Lima.
Durante a campanha, o presidente do CDS-PP traçou como meta eleger mais autarcas e melhorar o resultado de há quatro anos, e hoje disse que o partido "superou todos os objetivos".
No seu discurso, o líder elencou que o partido "ganhou todas as suas seis câmaras com maioria absoluta" e aumentou "expressivamente o número de autarcas face a 2017", tendo conseguido também ganhar mais câmaras em coligação com o PSD.
Em termos de autarcas, disse que, aquando da sua intervenção, à meia-noite, o CDS tinha conseguido "largas dezenas" de eleitos acima dos dois mil, valor alcançado há quatro anos.
O CDS-PP apresentou candidatos em 251 municípios, 135 dos quais em coligação, maioritariamente com o PSD, num total de cerca de 20 mil candidatos.
Francisco Rodrigues dos Santos, que foi cabeça de lista à Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, foi eleito deputado municipal mas a coligação que integrou não conseguiu ter a lista mais votada.
O CDS festejou também, entre outras, a vitória do independente Rui Moreira, no Porto, que os centristas apoiaram, do social-democrata Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) em Lisboa, e do antigo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, em Coimbra, (coligação PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR /Aliança).
Há quatro anos, o CDS tinha conseguido aumentar de um para quatro os vereadores eleitos em Lisboa, o que levou a líder de então e candidata à câmara da capital, Assunção Cristas, a falar numa "noite histórica" para o partido. Nestas eleições, apesar de a coligação ter ganho a capital, o CDS diminuiu a sua representação no executivo, tendo conseguido três eleitos: Filipe Anacoreta Correia, Diogo Moura e Laurinda Alves.
Também na Assembleia Municipal, onde a coligação "Novos Tempos" teve mais votos, a cabeça de lista foi indicada pelo CDS-PP.
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