“A DGS [Direção-geral da Saúde] tem de se articular com o Ministério da Administração Interna e com o comando da polícia. (…) Há que perceber que estamos a ter um botellón como nunca tivemos na cidade do Porto”, alertou numa arruada que começou no Centro Histórico e passou pela Ribeira e a zona de Miragaia.

Sem quer comentar a decisões da DGS sobre a reabertura do setor, o independente, que se recandidata um terceiro mandato nas eleições de 26 de setembro, salientou que o fenómeno do ‘botellón’ - que era um problema no Porto há “seis ou sete anos” - regressou por conta do desconfinamento, o que impõe que sejam tomadas de medidas que “salvaguarde os direitos dos outros cidadãos”.

“E não venham dizer que não se pode vender álcool a partir de uma determinada hora. O que é facto é que se andarem na rua daqui a umas horas, verificarão consumo de álcool na rua”, afirmou o atual presidente da Câmara do Porto, que falava aos jornalistas na zona da Reitoria da Universidade do Porto.

Sublinhando que a zona em causa tem sido motivo de preocupação, Rui Moreira revelou que tinha já, há várias semanas, escrito ao Ministro da Administração Interna, alertando para o crescimento desta pressão no espaço público.

“Nós compreendemos aquilo que as autoridades de saúde decidem e compreendemos que tenha de ser assim, não me compete a mim avaliar. A verdade é que a ser assim nós precisamos de mais elementos policiais”, disse, dando como exemplo a zona das Virtudes, que “tem sido um problema todas as noites”.

“Nós tivemos uma altura em que aquilo esteve inclusivamente gradeado. Mas nós não podemos gradear a cidade. Das duas uma: ou se permite que esses espaços (…) reabram com condições (…) ou então precisamos de medidas por parte do Ministério da Administração Interna e por parte da PSP”, reiterou, salientando que este não é um papel que a autarquia possa assumir.

Desde 23 de agosto até 30 de setembro, Portugal continental encontra-se na fase 2 de desconfinamento, estando prevista para outubro a terceira e última fase com o levantamento da maioria das medidas de restrição, nomeadamente o livre acesso a bares e discotecas, mediante apresentação de Certificado Digital ou de um teste com resultado negativo.

Concorrem à Câmara do Porto Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” – apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS -, Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre).

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