"Esperamos que a partir da próxima segunda-feira já seja possível carregar o primeiro navio com automóveis produzidos na fábrica de Palmela", disse à agência Lusa o gerente da Operestiva, Diogo Marecos, pouco depois de ter sido firmado o acordo entre o Sindicato dos Estivadores e os operadores portuários que põe termo à paralisação do Porto de Setúbal.

"É provável que até ao final do ano seja possível assegurar o transporte das 22.000 viaturas, que representam cerca de 300 milhões de euros, e que têm um grande impacto tanto para a Autoeuropa como para as exportações portuguesas", acrescentou o gerente da Operestiva.

Questionado sobre o acordo hoje assinado com o Sindicatos dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL), que prevê a integração de 56 trabalhadores precários como efetivos, Diogo Marecos adiantou que 48 vão ficar na Operestiva e oito na Setulsete, outra empresa de trabalho portuário de Setúbal.

"Se for possível garantir o regresso de todos os armadores que manifestaram a intenção de deixar o Porto de Setúbal, e se o porto voltar a ter uma boa situação como em 2017, acreditamos que daqui a alguns meses, depois de negociarmos o Contrato Coletivo de Trabalho, poderemos integrar mais 10 a 37 trabalhadores", disse Diogo Marecos.

"Um dos armadores das linhas de contentores que manifestaram a intenção de abandonar o Porto de Setúbal está muito reticente em regressar, mas estamos a trabalhar para que todos regressem", acrescentou o responsável da Operestiva, congratulando-se com o acordo alcançado para a normalização da atividade portuária em Setúbal.

Contactada pela agência Lusa, a administração da Autoeuropa também se congratulou com o acordo alcançado hoje, sob mediação do Governo.

"A Autoeuropa congratula-se com o sucesso do acordo para o Porto de Setúbal e agradece o empenho do Governo, bem como dos operadores portuários e do sindicato dos Estivadores", disse fonte oficial da empresa.

O Porto de Setúbal está praticamente parado desde o dia 05 de novembro, data em que os estivadores eventuais - que até hoje representavam cerca de 90% da mão-de-obra disponível no Porto de Setúbal - decidiram recusar o trabalho como forma de pressão contra a situação de precariedade em que se encontravam e para conseguirem um contrato coletivo de trabalho.

Com o acordo hoje assinado, pelo menos 56 trabalhadores vão ser integrados nos quadros de pessoal da Operestiva e da Setulsete, sendo que os restantes terão preferência na distribuição de trabalho face a outros trabalhadores que ainda não trabalham no Porto de Setúbal.

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