“Lamento verdadeiramente o que fiz, carrego o peso disso todos os dias”, disse o jovem de 23 anos, que tinha 19 no dia em que cometeu um dos piores massacres escolares nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, expressou o desejo de que coubesse aos sobreviventes a decisão sobre a sua vida ou morte.
Nikolas Cruz abriu fogo no Dia dos Namorados — 14 de fevereiro — com uma espingarda semiautomática AR-15 no liceu Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, do qual tinha sido expulso no ano anterior por “razões disciplinares”.
O arguido, de cabeça curvada, declarou-se culpado dos 17 homicídios perante a sala de tribunal lotada.
Agora vai aguardar que o júri profira a sentença, enquanto os procuradores admitem pedir a pena de morte.
O tiroteio foi o pior massacre escolar nos EUA desde o que aconteceu na escola Sandy Hook, em Newton, no Estado do Connecticut, no qual morreram 26 pessoas.
A tragédia de Parkland suscitou muita emoção e uma mobilização histórica foi liderada por vários jovens sobreviventes dessa escola secundária e pelos pais das vítimas.
Em 24 de março de 2018, culminou na “Marcha pelas Nossas Vidas” que reuniu 1,5 milhões de pessoas em todo o país, a maior manifestação nacional para o controlo de armas na história dos EUA, levantando a possibilidade de uma mudança na legislatura.
Isso acabou por não acontecer e, pelo contrário, as vendas de armas no país aumentaram nos últimos anos, particularmente durante a pandemia de covid-19.
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