Esta reunião do Conselho do Atlântico Norte, que se realiza em Bruxelas, deverá fazer o seguimento das decisões tomadas na última cimeira da NATO, em julho, entre as quais o envio de uma força para o Iraque, à qual Portugal já se comprometeu, e o reforço da frente da Europa de leste.
O ministro português da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, já afirmou que Portugal está disponível para integrar a missão da NATO no Iraque para ajudar a combater o grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico.
As relações NATO-União Europeia, ainda marcadas pela anunciada saída do Reino Unido, um dos principais parceiros da Aliança, do bloco europeu, deverão também estar na agenda.
A projeção de estabilidade e o atual ambiente de segurança internacional estão também entre os grandes temas em discussão no Conselho do Atlântico Norte, na qual estarão presentes os 28 ministros da Defesa da Aliança.
A intervenção de Moscovo no conflito ucraniano, e o apoio russo aos separatistas no leste daquele país do ex-bloco soviético preocupam a Aliança Atlântica, que na cimeira de Varsóvia decidiu o envio de quatro batalhões para os países com fronteiras com a Rússia, nomeadamente os estados bálticos (Letónia, Lituânia e Estónia) e a Polónia.
A par deste anunciado reforço de meios, os russos têm aumentado a presença militar junto à sua fronteira ocidental.
Os 28 ministros da Defesa da NATO poderão adiantar a discussão sobre a missão da Aliança no Iraque, onde decorre uma grande operação militar iraquiana e curda para desalojar os extremistas do grupo Estado Islâmico de um dos seus bastiões, a cidade de Mossul.
O envolvimento da Rússia na guerra civil na Síria tem também dominado as preocupações dos parceiros da Aliança Atlântica, cujo secretário-geral, Jens Stoltenberg, afirmou na semana passada estar preocupado que a aproximação de uma frota naval que inclui o porta-aviões russo signifique uma possível escalada da intervenção militar russa.
Moscovo, que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, tem atacado posições de grupos rebeldes hostis ao regime de Damasco.
A NATO debate ainda o que fazer para apoiar a Turquia na gestão do fluxo de centenas de milhares de refugiados que saem da Síria para escapar ao conflito que dilacera aquele país.
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