“Em Lisboa, na Amadora e em Odivelas as pessoas percebem que o metro não está a responder como devia. Hoje mesmo termos notícia de um intervalo maior na circulação das carruagens de metro, um pior serviço às populações. Aquilo que é preciso é de investimento no metro, precisamos de compreender que o metro é fundamental nas cidades e em Lisboa”, afirmou Catarina Martins.
A líder do BE falava aos jornalistas à margem da visita às oficinas do Metropolitano de Lisboa, onde se reuniu com o conselho de administração da empresa e os trabalhadores, sendo acompanhada pelos deputados Heitor de Sousa, Isabel Pires e pelo eleito municipal e candidato à Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles.
Segundo Catarina Martins, o Bloco de Esquerda está a acompanhar com “muita preocupação as questões da capacidade do metro sobre o seu material circulante, sobre a sua manutenção”, lembrando que este tem oficinas com capacidade de manutenção que são “exemplares no país e que deve ser valorizada”.
De acordo com a deputada, o desinvestimento a que durante “anos e anos” o metro de Lisboa esteve votado “deixou acumular problemas que faz com que hoje não haja material circulante suficiente e em condições para circular”.
“O que é necessário e urgente da nossa conversa com a administração é investimento. O Bloco está aqui para afirmar isso: as nossas cidades não funcionam bem sem investimento. Sem investimento o metro de Lisboa não responde às exigências da população”, sublinhou.
A coordenadora do Bloco avançou aos jornalistas que a administração do Metro reconheceu “que ainda não foi capaz de compensar toda a falta de investimento de anos passados”.
Catarina Martins lembrou ainda a conquista do Bloco em impedir a privatização da empresa que era intenção do PSD e CDS-PP [anterior Governo] reconhecendo que foi “a falha de investimento teve a ver com a estratégia” de privatização.
“Deixou de ser fazer investimento, deixou-se o material circulante ir envelhecendo apostou-se menos na manutenção achando que depois um privado tomaria conta do metro”, frisou Catarina Martins.
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