Estas posições sobre o caráter cimeiro da luta política e social foram assumidas pelo historiador, professor universitário e antigo deputado na Convenção do Bloco de Esquerda, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.
No seu curto discurso, Fernando Rosas falou da necessidade de luta contra a especulação imobiliária e pelo direito à habitação, contra os monopólios da energia e do eucalipto, contra as parcerias público-privadas nos transportes ou na saúde, contra o imperialismo, contra a extrema-direita e o fascismo.
Fernando Rosas fez mesmo questão de frisar que, na sua perspetiva, é da luta que depende "tudo o resto", deixando depois a seguinte mensagem:
"Só a luta pode alterar a relação de forças capaz de impor e sustentar uma política de esquerda eventualmente na governação se a força for suficientemente forte para mudar o sentido da política no nosso país. Só a luta dá sentido, dá competência, dá credibilidade à intervenção político-parlamentar do Bloco de Esquerda, que será sempre a expressão dessa luta", defendeu o fundador dos bloquistas.
Fernando Rosas traçou também um cenário bipolar em termos mundiais.
"Servir o povo é o nosso lado da barricada neste confronto que divide o mundo e que polariza os campos à esquerda e à direita. Só a luta seca o apoio da extrema-direita, afasta a ameaça do fascismo e derrota a depredação do capitalismo neoliberal", sustentou o historiador.
Comentários