O porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Zhu Fenglian, disse que a inclusão de Taiwan é um “erro”.
Zhu reiterou que a China, que não foi convidada para a cimeira, “opõe-se veementemente” a qualquer contacto oficial dos EUA com a “região chinesa de Taiwan”.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça usar a força caso a ilha declare a independência.
Na semana passada, o Presidente chinês, Xi Jinping, advertiu Joe Biden que encorajar a independência da ilha é “uma tendência muito perigosa que equivale a brincar com o fogo”.
As autoridades de Taiwan já tinham dito que estavam a negociar o referido convite com Washington, desde agosto, para compartilhar a sua “experiência democrática”.
Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949, quando os comunistas derrotaram os nacionalistas na guerra civil chinesa e estes se retiraram para a ilha, continuando com um regime ditatorial, que culminou com a transição para um sistema democrático na década de 1990.
Em 1979, Washington rompeu as relações diplomáticas oficiais com Taipé, a favor de Pequim, embora tenha continuado a manter laços não oficiais com Taiwan.
Os Estados Unidos aprovaram a chamada Lei de Relações com Taiwan, que estabelece que Washington ajudará Taiwan em matéria de defesa, embora não garanta, nem exclua, que intervirá militarmente em caso de um ataque da China, numa linha política conhecida como “ambiguidade estratégica”.
A cimeira de dezembro será a primeira de duas sobre democracia que serão realizadas por Biden e visa uma “renovação democrática”, por meio de linhas de ação como a defesa contra o autoritarismo, o combate à corrupção ou o respeito pelos Direitos Humanos.
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