Um porta-voz da campanha de Biden, que já recolheu o apoio de ex-rivais nas primárias, como Bernie Sanders e Elizabeth Warren, nas eleições para a presidência norte-americana, em 03 de novembro, adiantou que a devolução do apoio vai estar refletida num relatório, em maio, sem proferir mais declarações sobre o assunto.
De acordo com registos da Comissão Federal de Eleições, o comediante, que tem como nome verdadeiro Louis Szekely, doou a quantia em 04 de março, uma dia após as vitórias do ex-vice-presidente dos EUA em mais de uma dúzia de estados na designada “super terça-feira”, que o tornaram no democrata mais bem posicionado para concorrer com o atual Presidente, Donald Trump, do Partido Republicano.
Louis Szekely não prestou, para já, qualquer comentário sobre o assunto.
O jornal New York Times publicou, em 2017, uma investigação com cinco mulheres que testemunharam ofensas sexuais por parte do comediante no final da década de 90 e na década de 2000, com quatro delas a recordarem o caso.
Louis Szekely admitiu posteriormente que as situações eram verdadeiras e que estava “arrependido”.
Na sequência do caso, a televisão FX dispensou-o dos programas em que participava, enquanto a plataforma de ‘streaming’ Netflix suspendeu os planos para uma sessão especial de ‘stand up’ e para o lançamento da longa-metragem “I Love You, Daddy”.
Já o canal televisivo HBO retirou o trabalho do comediante antes disponível no seu serviço de ‘streaming’.
As campanhas presidenciais nos Estados Unidos da América costumam escrutinar as doações e devolver as contribuições de figuras que possam representar problemas.
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