“Sydney, também conhecida como ‘Big Smoke’ [nome dado na Austrália às grandes cidades] faz jus à alcunha hoje. O fumo do fogo desaparecerá progressivamente ao longo do dia, mas aumentará à noite. Há um alerta de má qualidade do ar”, escreveram os serviços de meteorologia na rede social Twitter.
No portal AirVisual, que mede a qualidade do ar em todo o mundo, Sydney ocupa hoje a 17.ª posição, duas abaixo da cidade chinesa de Xangai, num ranking liderado por Daca, no Bangladesh.
Dados do governo de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, mostram que a qualidade do ar “é pobre”.
O efeito dos incêndios
O manto de fumo sobre Sydney ao amanhecer é consequência dos incêndios das montanhas Gosper, a cerca de 300 quilómetros a noroeste da cidade e que já queimou cerca de 850 quilómetros quadrados de terra.
O impacto do fumo, que também está a afetar as cidades de Wollongongong e Newcastle, deverá ser agravado pelo calor intenso esperado para os próximos dois dias na costa leste da Austrália e que está a dificultar há duas semanas o combate às chamas por mais de 1.300 bombeiros.
Pelo menos seis pessoas morreram devido aos incêndios florestais em Nova Gales do Sul, a região mais duramente atingida por incêndios e seca severa, onde 13.000 quilómetros quadrados de terra arderam desde 01 de julho.
A temporada de incêndios na Austrália varia de acordo com a área e as condições meteorológicas, embora sejam geralmente registados entre os meses de dezembro e março.
Os piores incêndios ocorridos no país nas últimas décadas ocorreram no início de fevereiro de 2009, no estado de Victoria (sudeste), e causaram 173 mortos e 414 feridos. A área ardida foi de 4.500 quilómetros quadrados.
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