Assinalam-se hoje os 20 anos do Bloco de Esquerda, cuja assembleia de fundação aconteceu em 28 de fevereiro de 1999, em Lisboa, uma nova força política que resultou em grande parte da união entre três partidos, entretanto já extintos: Partido Socialista Revolucionário (PSR), União Democrática Popular (UDP) e Política XXI.

Conforme a agência Lusa já tinha anunciado, para 09 de março está marcado um comício comemorativo no Mercado de Culturas, em Lisboa, juntando os fundadores Francisco Louçã, Luís Fazenda e Fernando Rosas, Catarina Martins e a eurodeputada Marisa Matias.

De acordo com o diário online Esquerda.net, nessa iniciativa "será lançada a revista anual Esquerda, que irá para as bancas na semana seguinte".

De acordo com o texto de apresentação da nova publicação, a Esquerda "estreia-se num momento particularmente exigente" e "existe para ser um instrumento útil para o debate de ideias para o pensamento da esquerda, aqui e agora".

"E irá certamente desiludir quem julgar ter nas mãos um almanaque de campanha partidária em ano eleitoral", é referido no mesmo texto.

Produzida pela mesma equipa que faz o Esquerda.net, a revista "terá 148 páginas de ideias e combates", incluindo uma cronologia dos 20 anos do Bloco", debruçando-se sobre temas como a xenofobia na Europa, a crise do Euro, a fraude fiscal, feminismos, as tensões nacionais na vida política espanhola e o início do governo Bolsonaro.

Para além de uma grande entrevista a Fernando Rosas, o número inicial da Esquerda conta com a participação da eurodeputada socialista Ana Gomes e de Marisa Matias, além dos fundadores Francisco Louçã e Luís Fazenda.

"Na publicação serão ainda incluídos contos de Gabriela Ruivo Trindade, Luís Rainha e Rui Zink e uma carta inédita de Urbano Tavares Rodrigues ao filho", é ainda revelado.