“Daremos início à ‘Lava Jato’ na Educação”, disse Bolsonaro, na rede social Twitter, principal ferramenta de comunicação do Presidente do Brasil com os brasileiros.
O chefe de Estado do Brasil afirmou que o ministro da Educação do seu Governo, Ricardo Vélez, “detetou vários indícios de corrupção no âmbito” do ministério “em gestões anteriores”.
“Mais do que investir, devemos garantir que os investimentos sejam bem aplicados e gerem resultados”, escreveu o Presidente brasileiro.
Na quinta-feira, o ministro da Educação, Ricardo Vélez, o ministro da Justiça, Sergio Moro, o diretor da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, e outros titulares de departamentos governamentais firmaram um “acordo formal para começar os trabalhos”.
“É apenas o primeiro passo!”, disse Bolsonaro, sem dar mais pormenores sobre o assunto, nem referir que gestões anteriores estão debaixo de suspeita e que recursos se destinaram para a investigação da suposta corrupção.
Em comunicado, o Ministério da Educação informou que o acordo será “o marco inicial para uma ampla investigação interministerial”.
Numa primeira fase, vão ser investigados “indícios de corrupção, desvios e outros tipos de atos lesivos à administração pública no âmbito do Ministério da Educação” e de outros organismos vinculados durante “gestões anteriores”.
A equipa de Vélez indicou que se detetaram “favores indevidos” em programas universitários, “desvios” no setor da formação profissional, “concessão ilegal” de bolsas para ensino à distância e “irregularidades em universidades federais”.
O ministério revelou que enviará todos os documentos necessários para que as autoridades “possam aprofundar as investigações”, abrir expedientes e “propor medidas judiciais oportunas”.
“Lava Jato” é a designação dada à vasta operação que investigou desvios milionários que ocorreram durante quase uma década na empresa estatal Petrobras e que levou à prisão de empresários e políticos, entre eles o ex-Presidente Luíz Inácio Lula da Silva (2003-2011).
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