Numa menção direta ao ex-Presidente brasileiro Lula da Silva (PT), que cumpre uma pena de prisão de 12 anos e um mês por corrupção, Bolsonaro falou em "jogo de poder" e o "domínio de uma nação", através de um vídeo filnmado este domingo num hospital em São Paulo.
"Você aceitaria passivamente, bovinamente, ir para a cadeia? Você não tentaria uma fuga? Bem, se você não tentou fugir, com tudo ao teu lado, é obviamente porque você tem um plano B. Qual é o plano B desse presidiário? Desse homem pobre, lá atrás, que roubou todas as nossas esperanças? Não consigo pensar em outra coisa a não ser o plano B se materializar numa fraude", disse o candidato do Partido Social Liberal (PSL).
Momentos depois, conforme cita o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro afirmou que o candidato do PT, Fernando Haddad, se eleito, "assina no mesmo minuto da posse o indulto do Lula".
Dirigindo-se à imprensa, Bolsonaro recomendou ainda a leitura de documentos partidários do PT acerca do controlo dos meios de comunicação.
"O PT não esconde o que faz mais. Por favor, leiam dois documentos apenas: o primeiro, o caderno de tese do PT de 2015. Depois, o outro documento, a análise da conjuntura de 2016", afirmou Bolsonaro.
"Se vocês lerem com atenção esses documentos, entre outras barbaridades, vocês vão ver lá claramente escrito que o PT vai buscar, sim, o controlo social dos media. Vocês vão perder a liberdade. Sei que nem todos têm hoje em dia, quem tem alguma vai perder completamente", alertou o candidato.
Depois de levantar hipóteses de fraude sob o PT, o capitão reformado passou, então, a fazer uma ampla defesa do voto impresso, cuja obrigatoriedade foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal, para evitar fraudes nos resultados das eleições, em oposição ao voto eletrónico.
Não é a primeira vez que o candidato presidencial do PSL coloca o processo eleitoral sob suspeita: "As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição", disse em julho, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Jair Bolsonaro está hospitalizado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde 07 de setembro, após ter sido esfaqueado durante uma ação de campanha em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais.
Na sua campanha presidencial, Bolsonaro defende os valores tradicionais da família cristã, o porte de armas e ‘prega’ que o combate à violência no Brasil, país que atingiu a marca de 63.800 homicídios em 2017, deve ser feito de forma violenta pelas autoridades policiais.
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