A informação foi divulgada hoje numa nota assinada pelo advogado da ex-chefe de Estado, José Eduardo Cardozo.
O advogado alega que o depoimento de Lúcio Funaro, um agente do mercado financeiro que confessou ter dado um milhão de reais para o ex-deputado Eduardo Cunha comprar apoio de deputados e aprovar o afastamento da ex-Presidente, tornou todo o processo nulo.
"Na delação premiada [acordo de confessar crimes em troca da redução da pena] do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do 'impeachment'", considera José Eduardo Cardozo.
"A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta terça-feira, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF [Supremo Tribunal Federal], em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato de uma Presidente legitimamente eleita", completou.
Dilma Rousseff foi destituída do cargo de Presidente do Brasil em agosto do ano passado ao ser considerada culpada da prática de crimes fiscais ao final de um longo processo julgado pelos membros do Congresso, que junta as câmaras baixa (Câmara de Deputados) e alta (Senado) do parlamento.
Um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) já havia negado um pedido para anular o 'impeachment' em 2016, mas a defesa da ex-Presidente entrou com um recurso sobre a decisão.
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