A missão tem o objetivo de evitar confrontos entre diferentes tribos indígenas e uma possível tensão na relação entre o grupo de índios isolados Korobu e os índios Matis da aldeia Torowak, que vivem numa área perto da fronteira com o Peru.
Um comunicado divulgado pela Funai sobre a expedição destacou que os índios isolados vivem na Terra Indígena Vale do Javari, que se localiza no extremo oeste do estado do Amazonas e tem fronteira com o Peru delimitada pelo Rio Javari.
"É uma das maiores terras indígenas demarcadas do país, com mais de oito milhões de hectares, e a região com maior concentração de registos de povos indígenas isolados, com 10 referências confirmadas e três em estudo", frisou o órgão de proteção indígena brasileiro.
Uma equipa de duas dezenas de pessoas embarcou para a região do rio Coari no último fim de semana à procura do grupo de pelo menos 22 membros dos indígenas isolados Korubo.
O Exército do Brasil, a Polícia Federal e o Ministério da Saúde também estão a apoiar a iniciativa.
O líder da equipa, Bruno Pereira, diz que o objetivo é aliviar as tensões entre o grupo isolado de Korubos e um grupo próximo da tribo já contactada dos índios Matis.
Os dois grupos tiveram um confronto mortal e os especialistas temem que novas violências possam surgir.
A maior parte da equipa enviada pelo Governo brasileiro não deve fazer contacto direto com os índios isolados.
A expedição também inclui vários índios Korubos, que foram contactados em 2015 e planeiam reencontrar os seus familiares.
A Funai destacou ainda que a necessidade de proteger a Base de Proteção Etnoambiental do Rio Ituí - BAPE Ituí, que, apenas no último ano, sofreu quatro ataques por parte de madeireiros e pescadores.
O mais recente ataque a esta base da Funai ocorreu em 22 de dezembro de 2018.
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