Desde o início da manhã, cerca de 150 agentes da Polícia Federal e 10 membros da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram nos estados do Acre, Amazonas e Distrito Federal 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão.

Segundo a polícia brasileira, a operação Ptolomeu faz parte de uma investigação em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre um alegado “grupo criminoso, controlado por empresários e agentes políticos ligados ao poder executivo estadual acreano, [que] atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos”.

A Polícia Federal brasileira também frisou que o STJ “decretou inúmeras medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais: o afastamento da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos e o impedimento de contacto entre os investigados”.

O STJ também determinou o bloqueio de 7 milhões de reais (um milhão de euros) nas contas dos investigados e a apreensão de veículos de luxo. Segundo os investigadores, o nome da operação faz referência ao apelido utilizado por um dos investigados, que faria alusão à cidade natal de grande parte dos investigados.

Num comunicado, o governo do estado brasileiro do Acre informou que “se coloca à disposição para colaborar com as investigações da Polícia Federal em relação à operação Ptolomeu”.

“Na realidade, incentiva essa e todas as ações de combate à corrupção. Prova disso é que foi criada pelo governo do estado a Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção. É a nossa obrigação colaborar com a missão dos agentes públicos em todas as investigações da Polícia Federal, que visam salvaguardar o bom uso de recursos públicos”, concluiu.

A polícia brasileira não esclareceu as suspeitas que recaem sobre o governador, nem especificou quais são os crimes imputados a cada um dos investigados.