Especializada na prática branqueamento de capitais e evasão de divisas, a organização criminosa, que também operou noutros países da América do Sul, começou a ser investigada em 2015, segundo informações divulgadas pela polícia brasileira.
Na época, a polícia descobriu cinco núcleos interdependentes que utilizavam contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receberem valores de interessados em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai.
Em comunicado oficial, as autoridades brasileiras destacaram que o dinheiro ilegal movimentado pelo grupo criminoso era creditado em contas das empresas controladas e, em seguida, enviado para o exterior usando-se o sistema internacional de compensação paralelo, sem registo nos órgãos oficiais, mais conhecido como operações dólar-cabo.
Os pagamentos também eram feitos por intermédio de ordens de pagamento internacionais emitidas por algumas instituições financeiras, duas dessas já liquidadas pelo Banco Central do Brasil.
Neste segundo caso, as ordens de pagamento eram realizadas com base em contratos de câmbio manifestamente fraudulentos, celebrados com empresas fantasmas, que nem sequer possuíam habilitação para operar no comércio externo.
Desde o início da manhã cerca de 300 polícias federais e 45 funcionários da Receita Federal brasileira trabalham na operação, cumprindo 153 ordens judiciais em várias cidades dos Estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina.
A polícia informou que os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, branqueamento de capitais, evasão de divisas, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso.
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