Os dados foram obtidos na triagem que o Exército em Pacaraina, cidade fronteiriça onde funcionam os primeiros postos da Operação Acolhida, criada pelo Governo brasileiro para receber imigrantes e refugiados venezuelanos que fogem da crise humanitária na Venezuela.
Cerca de 3,4 milhões de pessoas já deixaram a Venezuela desde o início da atual crise política e económica e, só em 2018, 5.000 venezuelanos saíram todos os dias do país, segundo informações divulgadas pelas Nações Unidas.
Em média, em 2018, cerca de cinco mil pessoas deixaram a Venezuela todos os dias. Com base nestes dados, a ONU declarou em dezembro que estima que o número de saídas chegue a 5,3 milhões até ao final deste ano.
Só a Colômbia abriga 1,1 milhão de refugiados e migrantes venezuelanos.
Em 2016, a população da Venezuela era de aproximadamente 31,7 milhões de habitantes. O êxodo de venezuelanos, que fogem da crise económica, é considerado pela ONU como o maior deslocamento de pessoas na história recente da América Latina.
Por outro lado, a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, mas é sufocada por uma profunda crise económica e está sob sanção económica dos Estados Unidos.
A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013 denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
Na Venezuela vivem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.
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