Três das quatro mortes ocorreram no Estado brasileiro de São Paulo, o mais afetado pelo recente surto de sarampo no Brasil, e onde 98% dos casos estão concentrados, enquanto uma morte foi confirmada no Estado de Pernambuco.
Segundo o Governo brasileiro, entre os dias 09 de junho e 31 de agosto, 2.753 casos de sarampo foram confirmados, enquanto outros 15.430 casos suspeitos ainda estão a ser investigados, valor que indica um aumento de 18% no número de infeções registadas face ao último boletim divulgado, em 28 de agosto. Este boletim compreendia o período entre 19 de maio e 19 de agosto.
No ano passado, ocorreram 12 mortes no Brasil por sarampo e 10.274 casos da doença foram confirmados em dois surtos registados nos estados do Amazonas e Roraima, onde a doença foi reintroduzida por imigrantes e refugiados venezuelanos.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, explicou que os casos identificados nos últimos meses no país correspondem a uma nova cadeia da doença, que não está relacionada ao surto no norte do país.
O Brasil conseguiu interromper a circulação do sarampo no início do ano, mas casos importados de Israel, Malta e Noruega iniciaram uma nova cadeia de transmissão do vírus.
Assim, segundo o Ministério da Saúde, apenas os casos registados desde junho são considerados casos de “transmissão ativa”.
O Governo brasileiro informou que enviou 1,6 milhões de doses extras de vacinas contra o sarampo aos estados mais vulneráveis e anunciou a compra de 28,7 milhões de doses adicionais.
O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas e pode evoluir gravemente, sendo a vacinação a principal medida de prevenção.
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