A informação foi transmitida à Agência Brasil pelo comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), tenente-coronel Maurílio Nunes, responsável pela operação.

De acordo com o militar, as negociações por telefone com o sequestrador não avançaram, tendo a psicóloga presente no local identificado no jovem um perfil psicótico, o que, segundo o tenente-coronel, levou a polícia a iniciar uma “negociação tática” que culminou nos disparos fatais.

“Ele [o sequestrador] alegou que se iria atirar da ponte, estava difícil manter a negociação. Ele saiu do autocarro e apontou a arma a uma vítima. Sempre tomámos por princípio de que a arma era real. O autocarro tinha garrafas com gasolina penduradas e ele tinha um isqueiro, então a ameaça era real. A negociação passou para tática, comandada por mim", acrescentou Maurílio Nunes, citado pela agência brasileira.

O sequestro dos passageiros de um autocarro na ponte que liga a cidade brasileira do Rio de Janeiro e Niterói começou pelas 06:00 locais (10:00 em Lisboa) e terminou cerca das 09:00 locais (13:00 em Lisboa) com a morte do suspeito, informou a Polícia Militar.

As autoridades confirmaram que o suspeito saiu do autocarro e foi baleado às 09:04 locais, por atiradores de elite. O suspeito foi ainda assistido, sem sucesso, por médicos no local.

Durante as três horas de negociações, o coronel Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, informou que, além de uma arma de fogo, o autor do crime possuía uma arma de choque e um recipiente com gasolina.

Após o fim do sequestro, as autoridades disseram que o suspeito usou uma arma de brincar.

Ainda não há informações detalhadas sobre a motivação do sequestrador, mas as autoridades disseram que todos os ocupantes do veículo, incluindo o motorista, foram resgatadas sem ferimentos.

A Polícia Civil investiga agora se o jovem teve ajuda de alguém no planeamento ou execução do sequestro.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, considerou um sucesso a operação que culminou na morte do sequestrador.

“Tivemos de usar atiradores de elite para neutralizar um homem que ameaçava dezenas de vidas. Eu estive no local, subi ao autocarro e vi que havia um cheiro forte de gasolina. (...) Durante a negociação ele demonstrou uma perturbação mental e disse que queria parar o Estado. Vamos ouvir os reféns e familiares para entender o que o levou a praticar este ato", declarou Wilson Witzel em conferência de imprensa.

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