Depois de um acordo histórico entre os Estados Unidos e os talibãs em fevereiro, as primeiras negociações diretas foram lançadas em meados de setembro.

Entretanto, as diferenças na estrutura e na agenda das discussões, bem como nas interpretações religiosas, dificultaram o seu progresso.

Hoje, os dois lados anunciaram o desbloqueio sobre as regras de negociação.

“Os procedimentos para as negociações inter-afegãs (…) foram finalizados e as discussões sobre a agenda” seguirão, anunciou Nader Nadery, membro da equipa de negociação do Governo afegão numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Mohammad Naim, porta-voz dos talibãs, também publicou uma mensagem no Twitter indicando que os procedimentos para as negociações foram “finalizados e as negociações sobre a agenda começarão”.

Reagindo também no Twitter, Abdullah Abdullah, que lidera o processo de reconciliação no Afeganistão, saudou um “primeiro passo essencial”.

O enviado especial de Washington para o conflito, Zalmay Khalilzad, por seu lado, saudou um “passo importante”.

Zalmay Khalilzad publicou no Twitter que os dois lados concordaram com um “acordo de três páginas sobre as regras e procedimentos a serem seguidos para as negociações sobre um roteiro político e um cessar-fogo abrangente”.

“Este acordo é a prova de que as partes podem concordar em questões difíceis”, acrescentou Khalilzad.

Durante uma visita ao Qatar, em 21 de novembro, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu aos talibãs e ao Governo afegão que acelerassem as negociações.

Em fevereiro, um acordo histórico entre os Estados Unidos e os talibãs foi assinado em Doha, encerrando a intervenção militar norte-americana mais longa da história.

O cronograma estabelecido prevê então a saída total das tropas norte-americanas em meados de 2021, mas em troca de garantias de segurança, avanços nas negociações de paz e redução da violência.

No entanto, a violência aumentou, principalmente com o aumento dos ataques contra as forças de segurança afegãs.

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