“Caiu uma árvore de grande porte no Largo da Fonte e uma senhora que se apercebeu da situação, tentou desviar-se, atirou-se, o que lhe provocou escoriações nos membros inferiores e na mão esquerda”, acrescentou a mesma fonte.

A fonte dos bombeiros referiu ainda que a mulher que ficou ferida tem 45 anos e foi transportada para o Hospital Dr.Nélio Mendonça, no Funchal, “consciente e orientada”.

No local estão três viaturas dos Bombeiros Sapadores do Funchal, uma das quais pesada, além da Polícia de Segurança Pública, referiu.

A mesma fonte ainda mencionou que o alerta foi dado cerca das 15:15, por “um chefe da corporação que vive nas imediações daquele local na freguesia do Monte”, nos arredores do Funchal.

Autarca pede apuramento de responsabilidades em queda de galho no Funchal

“Hoje, no Largo da Fonte [centro da freguesia do Monte, nos arredores do Funchal], uma das árvores que existe ali, uma das pernadas dessa árvore caiu. Felizmente não atingiu ninguém”, declarou à agência Lusa o autarca Miguel Silva Gouveia que se deslocou ao local após a ocorrência.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal adiantou que esta situação provocou “uma vítima que, numa deslocação mais rápida, quando estava a fugir do local, tropeçou e esfoliou-se num joelho”.

O autarca complementou que, de acordo com as informações de que dispõe, “não é nada de grave e está em observação no Hospital do Funchal”.

“Aquilo que aconteceu não deixa de ser surpreendente, particularmente quando falamos do Largo da Fonte, é uma das zonas cujo património arbóreo foi mais analisado, mais supervisionado nos últimos anos”, realçou.

A 15 de agosto de 2017, no decorrer da Festa da Senhora do Monte, a padroeira da Madeira, um carvalho com cerca de 150 anos abateu-se sobre a multidão que aguardava a procissão, provocando 13 mortes e dezenas de feridos.

O responsável municipal salientou hoje que, desde essa altura, houve “várias entidades a aferir a saúde fitossanitária daquelas árvores”.

“Tivemos muitas entidades a analisar sob diferentes perspetivas. Houve várias intervenções no sentido de dar segurança ao espaço, como o desbaste substancial das árvores, para tirar carga”, mencionou Miguel Silva Gouveia.

O autarca salientou que a Câmara do Funchal “investiu centenas de milhares de euros” em “vários técnicos e peritos” e a “fazer análises que garantem que as árvores que estão ali, neste momento, estão com saúde”.

Face a toda esta ação, Miguel Silva Gouveia reforçou que “não deixa de ser surpreendente que aconteça uma situação deste tipo, em que um dos galhos da árvore colapsa”.

“E estamos neste momento a apurar responsabilidade junto das entidades que trabalham connosco e deram garantias que aquele espaço estava em segurança”, declarou.

O presidente do município funchalense enfatizou que não foi a árvore que caiu, explicando que esta “tinha duas pernadas e uma dessas pernadas colapsou” e está a ser removida pelos Bombeiros Sapadores do Funchal.

Miguel Silva Gouveia defendeu ser preciso “perceber junto dos técnicos e das empresas que têm acompanhado todo o estudo e evolução da saúde das arvores do Largo da Fonte e está tudo a ser coligido para poder apurar as responsabilidades e o porquê de aquilo ter acontecido”.

À chegada ao Largo da Fonte depois da ocorrência da hoje, o autarca foi confrontado com o descontentamento dos munícipes, o que Miguel Silva Gouveia considerou “natural […] porque estavam exaltados e sentiam-se inseguros”.

“Acontece aos políticos que se mantêm próximos nos bons e maus momentos. Nunca fugi às minhas responsabilidades. Fui ao Largo da Fonte, falei com os populares”, disse.

O presidente da câmara acrescentou que explicou às pessoas “o que a câmara fez no sentido de dar segurança ao Largo da Fonte, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido” e também “os caminhos para o futuro e o que vai ser feito desde já”.

Miguel Silva Gouveia realçou que, “depois de alguma exaltação inicial, os ânimos serenaram” e foi possível “conversar e as pessoas puderam perceber que a câmara está a fazer o trabalho que lhe compete”.

“No entanto, é natural que face a uma situação deste tipo, do ponto de vista emocional, as pessoas reajam e é papel do presidente estar nos bons e maus momentos”, acrescentou.

A situação de 15 de agosto de 2017 deu origem a um processo judicial no âmbito do qual estão acusados a então vice-presidente da Câmara do Funchal, Idalina Perestrelo, responsável pelos pelouros do Ambiente Urbano, Espaços Verdes e Públicos, e o chefe da Divisão de Jardins e Espaços Verdes, Francisco Andrade.

Os dois estão pronunciados por 13 crimes de homicídio por negligência de que vinham acusados e de 24 de ofensas à integridade física por negligência.

Na leitura da decisão instrutória, a juíza de Instrução Criminal Susana Mão de Ferro, decidiu manter a decisão de não levar a julgamento o presidente da autarquia na altura da ocorrência, Paulo Cafôfo, que chegou a ser constituído também arguido.

[Notícia atualizada às 19:24]

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